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Base Exchange começa a operar no segundo semestre

Por Marcello Sigwalt

Concorrente direta da B3 paulista, a carioca Base Exchange se prepara para anunciar, ainda no segundo semestre deste ano (2S25) - sem 'cravar', porém, uma data precisa - o grupo de novos sócios que reforçarão o projeto, mantido pelo apoio financeiro da Mubadala, megafundo soberano de Abu Dhabi, dos Emirados Árabes Unidos.

Por enquanto, a informação veiculada é de que os entendimentos já estão assinados, seguidos de debates sohre o detalhamento da iniciativa. O que se sabe de concreto é que a nova instituição se concentrará em operações no mercado à vista, de modo a garantir maior liquidez, desde o início das atividades. Sob essa égide, foi firmado o acordo, intitulado 'Programa de Liquidez'', pelo qual os investidores poderão receber direitos de aquisição de ações (warrants) da bolsa, à medida que as metas de liquidez forem atingidas, bem como o volume de conectividade, conforme relatou, na última quinta-feira (15), o CEO da Base Exchange, Claudio Pracownik, ao programa semanal de entrevistas 'Capital Insights', uma parceria entre o Broadcast e o canal CNN Money.

Outra constatação do encontro é de que os aportes financeiros, no momento, serão pequenos, não devem ocorrer agora, mas somente no momento de lançamento da bolsa. Quando isso ocorrer, o Mubadala, que atualmente detém mais de 70% de participação da Base Exchange, passará a ter seu capital diluído, mas continuará com o controle.

Na entrevista, Pracownik adiantou que o grupo é composto por investidores que operam por meio de algoritmos (High Frequency Trading), atualmente responsáveis por mais de 40% das ordens do mercado acionário. A ideia é que, tanto bancos, quanto corretoras globais internacionais tragam, além de volumes, tecnologia e expertise de bolsas estrangeiras; e casas locais, que têm reconhecimento no mercado brasileiro.