Por Marcello Sigwalt
Ao registrar o segundo resultado postivo seguido (ganho acumulado de 1,2%), o setor de serviços avançou 0,3% em março, o que o coloca apenas 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série (outubro de 2024) e 16,9% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). As informações constam da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada, nessa quarta-feira (14) pelo IBGE.
Ante março de 2024 (série sem ajuste sazonal), o crescimento do volume de serviços atingiu 1,9%, o que corresponde ao 12º resultado positivo consecutivo.
No acumulado no primeiro trimestre de 2025 (1T25), houve alta anual de 2,4% e o acumulado nos últimos 12 meses avançou 3% em março de 2025, 'aceleração' do ritmo de expansão frente aos avanços observados em janeiro e fevereiro (2,8%).
Para o gerente da Pesquisa Mensal de serviços do IBGE, Rodrigo Lobo, "a leitura que se deve fazer sobre o setor de serviços é a de que ele vem se sustentando muito próximo do seu nível recorde, alcançado em outubro de 2024. Agora, em março de 2025, o setor está apenas 0,5% abaixo do pico da série, sendo o segundo ponto mais alto da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. As flutuações do setor de serviços são naturais e os resultados negativos recentes, como o de novembro de 2024 e o de janeiro de 2025, não podem ser vistos como momentos de inflexão ou de reversão de trajetória. Ao contrário, a sustentação dos serviços em patamar elevado, muito próximo do recorde".
Lobo acrescenta que "no setor de transportes, podemos destacar o aumento das receitas das empresas que atuam com concessionárias de rodovias, devido ao maior luxo de veículos nas rodovias pedagiadas no carnaval, com atividade de correio, logística de cargas, gestão de portos e terminais e armazenamento de mercadorias, atividades inseridas no grupamento de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceu 4,8% em março", salienta Lobo.