O Ibovespa ensaiou engatar leve alta em direção ao fechamento, após a indecisão entre ganhos e perdas na maior parte da sessão, em que operou bem distante do que se viu nesta segunda-feira (12), em Nova York. Por lá, o apetite por risco foi induzido desde cedo pela trégua comercial de 90 dias firmada por Estados Unidos e China, o que melhora a perspectiva para ambas economias, as maiores do mundo.
Assim, após o ingresso de recursos na B3 ter sido favorecido a partir de abril pela rotação de carteira - ante o receio de que os EUA pudessem ingressar em recessão -, a desconexão vista nesta segunda entre São Paulo e Nova York sugere que uma reversão possa estar a caminho, com a retomada da demanda por ativos americanos. O dólar fechou em alta de 0,52%, a R$ 5,6840, e avançou também ante referências como euro, iene e libra, entre outras, que integram a cesta do índice DXY.
No encerramento, o Ibovespa mostrava-se estável, em viés positivo ( 0,04%), aos 136.563,18 pontos, enquanto, em Nova York, o avanço desta segunda-feira foi de 3,26% para o índice amplo (S&P 500) e de 4,35% para o tecnológico (Nasdaq).
Na B3, o giro foi a R$ 24,4 bilhões, com o índice de referência entre mínima de 136.355,93 e máxima de 137.519,33 pontos na sessão, em que iniciou aos 136.516,27. No mês, o Ibovespa sobe 1,11% e, no ano, acumula ganho de 13,53%.
Com a redução de 125% para 10% nas tarifas recíprocas proporcionada pela trégua entre Estados Unidos e China - ainda que a Casa Branca tenha mantido uma tarifa adicional de 20% sobre os produtos chineses -, os investidores retomaram nesta segunda o apetite por ações em Nova York, com a percepção de que uma recessão nos EUA será evitada em meio à descompressão da guerra comercial.
Na B3, a recuperação também proporcionada nos preços das commodities impulsionou Vale (ON 2,51%) e Petrobras (ON 2,71%, PN 2,39%), o que ao fim se impôs à correção entre os grandes bancos, que vêm de boa temporada de resultados trimestrais - a baixa chegou a 2,01% na principal ação do setor (Itaú PN), no fechamento.