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Sobe participação de renda do trabalho

A participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita cresceu de 74,2% para 74,9%, de 2023 para 2024. Apesar da alta, essa proporção ainda está abaixo da máxima da série (76,9%) atingida em 2014.

Segundo Gustavo Fontes, analista do IBGE, "ao longo da série histórica da PNAD Contínua, o rendimento do trabalho tem respondido por aproximadamente três quartos do rendimento domiciliar. Entre 2023 e 2024, a parcela do rendimento de todos os trabalhos no rendimento domiciliar teve uma pequena variação positiva, o que reflete o dinamismo do mercado de trabalho no último ano, com a expansão do rendimento médio do trabalho, da população ocupada e, consequentemente, da massa de rendimentos do trabalho, que atingiu o maior valor da série histórica".

A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita variou de 3,7% para 3,8%, de 2023 a 2024, ficando bem abaixo do ápice da série (5,9%), atingido em 2020, durante a pandemia. No entanto, essa participação ficou acima do período pré-pandemia: em 2019 (1,7%). A proporção de domicílios do país com algum beneficiário do programa Bolsa-Família chegou ao auge da série histórica (19,0%) em 2023 e recuou ligeiramente (18,7%) em 2024.

Entre as categorias que compõem o rendimento proveniente de outras fontes, a aposentadoria e pensão manteve-se como maior valor médio em 2024 (R$ 2 528), com pequena oscilação frente a 2023 (R$ 2 512), mas ainda permanecendo 3,1% abaixo do observado em 2019 (R$ 2 608).