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Copom e Treasuries 'derrubam' futuros

Os juros futuros intermediários e longos acentuaram queda no período da tarde desta terça-feira (6), tendo a inversão dos rendimentos dos Treasuries para o negativo - após leilão do T-note de 10 anos sólido - como catalisador. Já o vértice mais curto manteve o viés negativo que registrava desde cedo, com ajustes na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e tendo como contraponto a alta do dólar.

No fim da tarde, as taxas mostravam 76% de chance de uma alta de 50 pontos-base da Selic na reunião de maio (para 14,75% ao ano), e 24% de alta de 25 pontos-base. Em linha, a Pesquisa do Projeções Broadcast mostra que ampla maioria (56 de 59 casas) do mercado prevê a taxa básica de juros a 14,75% no Copom desta semana.

Às 17h05, a taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 estava em 14,700%, de 14,729%, e a para janeiro de 2027 marcava 13,965%, de 14,049% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2029 recuava para 13,540%, de 13,699% no ajuste anterior.

A queda mais acentuada dos vértices intermediários e longos começou principalmente após os rendimentos da T-note de 10 anos e do T-bond de 30 anos inverterem o sinal e firmarem queda, depois leilão do Tesouro dos EUA com demanda acima da média.

"Teve mudança por conta do leilão de T-notes de 10 anos saindo a 4,342%, quando antes estava sendo negociado a 4,354%, então há um movimento geral na curva lá fora" que respinga para os juros domésticos, comenta o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel.