A abertura da curva de juros acompanhou o movimento dos rendimentos dos Treasuries desde cedo, com a tese de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) teria espaço para cortar juros perdendo força após novos dados mostrarem a economia dos EUA ainda resiliente.
À tarde, as taxas renovaram máxima por relatos de que o governo Lula tenta criar uma nova linha de crédito para motoristas de aplicativo, o que seria contraproducente do ponto de vista de política monetária.
Às 17h15, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia para 14,725%, de 14,684% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2027 avançava para 14,060%, de 13,958%, e o para janeiro de 2029 subia de 13,592% para 13,700%.
"O mercado havia embarcado na tese de que haveria recessão nos Estados Unidos e que isso abriria espaço para o Fed cortar juros, mas os últimos dados não estão validando muito isso. Então há uma certa desistência do investidor nesta tese, gerando um grande movimento de inclinação na curva lá fora, e é exatamente o que estamos vendo aqui também", afirma o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) avançou de 50,8 em março para 51,6 em abril, contrariando a expectativa de analistas consultados pela FactSet de recuo do índice a 50,2.
Além disso, o PMI de serviços medido pela S&P Global caiu a 50,8, acima da previsão de 50,6 também de analistas da FactSet.