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Mercado terá 4 milhões de novos investidores este ano

Por Marcello Sigwalt

Apenas este ano, o país deve ganhar um 'exército' de 4 milhões de novos investidores, contingente cuja participação na população brasileira crescerá de 37% para 39%. A estimativa é do 'Raio X do Investidor Brasileiro', pesquisa elaborada pela Associação Brasileira das Entidades dos mercados financeiro e de capitais (Anbima), em parceria com o instituto Datafolha. Em números, o segmento passará a reunir 59 milhões de investidores, que dão preferência aos aplicativos do banco, cuja participação subiu de 45% para 49% no ano passado.

De um total de 101 milhões de indivíduos ainda não 'formalmente' investidores, 18 milhões pretendem 'mudar de status' em 2025, em contrapartida a outros 14 milhões que admitem deixar de aplicar o dinheiro, até o fim deste ano.

Em que pese a 'estabilidade' do número de investidores, este poderia ser maior, pois, do grupo de 53 milhões que economizou, menos da metade teria aplicado em produtos financeiros. Já 32 milhões de pessoas ficaram fora do mercado financeiro, mas com reserva disponível.

O retorno dos produtos financeiros é a principal motivação para 33% citados na pesquisa, como desde o seu início. Já a segurança foi determinante para 23%, seguido da 'facilidade de investir', com 14%. O destaque cabe ao quesito 'montar uma reserva financeira', que cresceu, de 6% para 9%, de 2023 para 2024. No ranking por aplicações, figuram quatro categorias: caderneta (10%), diversifica (17%), economiza e não investe (12%) e o maior deles, o sem reserva (52%).

Entre os mais experientes, a proteção do patrimônio 'fala mais alto' na hora de investir no retorno dos produtos financeiros. "Esse é um fator que está diretamente relacionado à sensação de segurança que os investimentos podem proporcionar", explica o superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima, Marcelo Billi.