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Futuros fecham sem direção definida

Os juros futuros até os vértices intermediários fecharam a sessão desta terça-feira em alta, enquanto os longas terminaram perto dos ajustes de ontem. O desenho refletiu a antecipação do mercado no posicionamento para o Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, estimulada pelas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que ontem e hoje têm provocado um ajuste nas apostas mais otimistas para a Selic.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou em 14,690%, de 14,655% ontem no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2027 subiu de 13,90% para 13,94% e a do DI para janeiro de 2029, de 13,62% para 13,64%.

As taxas curtas estiveram em alta desde manhã e as longas resistiram perto da estabilidade, mesmo durante as mínimas dos rendimentos dos Treasuries, quando o yield da T-Note de 10 anos caiu abaixo de 4,17%. Tampouco o dólar, que chegou a furar os R$ 5,63, foi capaz de trazer alívio à curva.

Para Gustavo Rostelato, economista da Armor Capital, o mercado está passando por um processo de ajuste para o Copom de maio, em meio às dúvidas sobre a magnitude da redução da alta da Selic anunciada no comunicado de março, se de 25 pontos-base ou 50 pontos. "Os discursos do Banco Central estão bastante neutros, eles não estão mudando a comunicação e ao mesmo tempo não conseguem indicar uma direção clara para esse aumento", afirmou.

"O mercado tinha andado muito e, com os discursos do Galípolo, deu alguns passos atrás. Havia um ânimo grande por parte dos agentes, que agora estão se reposicionando",