Mesmo somando alta de 3,5% em 2024, a economia nacional apresentou trajetória de desaceleração, na reta final do ano passado, uma vez que no quarto trimestre (4T24), o crescimento foi de 0,4% - ante o trimestre anterior - bem abaixo do registrado no segundo e terceiros trimestres, que subiram 1,4% e 0,8%, respectivamente.
Os dados constam do Monitor do PIB, indicador da atividade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que reflete o comportamento do PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país. Segundo o estudo, em dezembro, a expansão foi de 0,3% em relação a novembro. O resultado global do ano passado foi puxado pela indústria, comércio e serviços, com exceção da agropecuária, que caiu 2,5%, que havia sido a 'locomotiva' em 2023.
Em valores, o PIB brasileiro atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior da série histórica. O PIB per capita de 2024 - divisão do total da economia pelo número de habitantes - foi de R$ 56.796, também o maior da série histórica. Já a produtividade da economia foi de R$ 100.699 em 2024, 0,3% abaixo do observado em 2023 e 3,3% menor que o de 2013, o ponto mais alto já atingido.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, a economista Juliana Trece, "a indústria, os serviços e o consumo das famílias apresentaram resultados ainda melhores em 2024 dos que os já elevados crescimentos registrados em 2023. Pode-se afirmar que em 2024, em termos de atividade econômica, o Brasil teve um ótimo resultado". No plano geral, o país contabiliza quatro anos seguidos de crescimento da economia. A última queda foi de 3,3% em 2020. Em 2023, o PIB teve expansão de 3,2%.