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Focus eleva IPCA pela 18ª vez seguida; para 2025, foi a 5,60%

Por Marcello Sigwalt

Décima oitava alta consecutiva do indicador, o boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras nacionais - elevou a previsão do IPCA, de 5,58% para 5,60%, mas também para os demais anos, muito além do chamado 'horizonte relevante' (período-base utilizado pela autoridade monetária para calibrar os juros básicos), jogado, ao que parece, às calendas. Para 2026, a projeção da 'banca' passou de 4,30% para 4,35% (oitavo aumento seguido), de 3,90% para 4% para 2027 e de 3,78% para 3,80% para 2028.

Já prevendo o avanço da carestia, o governo alterou a forma de cálculo da meta de inflação, a partir da implantação do sistema de metas contínuas, pelo qual esta passa a ser considerada contínua se a carestia atingir o teto da meta, de 4,5%.

No polo oposto, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) 'encolheu' de 2,03% para 2,01% para este ano, mas foi mantido no mesmo patamar anterior, de 1,70%, para o próximo. Para 2027, a expectativa aumentou para 1,98%, mas continuou em 2% para 2028.

O mesmo mercado financeiro que continuou avançando com o prognóstico inflacionário para 2025, manteve a Selic (taxa básica de juros) em 15% ao ano para este ano, reduzida para 12,50% ao ano, para 2026, mas mantida em 10,50% ao ano para 2027, e em 10% ao ano, para 2028.

No plano do comércio exterior, o mercado projetou queda, de US$ 76,8 bilhões para US$ 76 bilhões, do superávit da balança comercial para este ano, ao passo que elevou, de US$ 78 bilhões para US$ 78,3 bilhões para 2026.

Financiador das transações correntes, o investimento estrangeiro direto (IDP) teve sua previsão mantida em US$ 70 bilhões, assim como permaneceu em US$ 75 bilhões em 2026.

No que toca ao dólar, este acumula queda ante o real de 7,79% neste ano.