O ano de 2025 começou forte no mercado de capitais do Brasil, mesmo após os recordes de captação de 2024. As empresas captaram R$ 43,1 bilhões em janeiro, crescimento de 103,2% na comparação com o mesmo período de 2024 e o melhor resultado para o mês na série histórica da Anbima.
Não houve operações de renda variável em janeiro e a renda fixa novamente dominou o cenário. As debêntures atingiram R$ 28,5 bilhões no mês passado, expansão de 243,5% ante janeiro de 2024 e também volume recorde para este título de dívida.
Os recursos captados com debêntures se destinam a investimentos em infraestrutura (45% do total).
Para o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, o ambiente da economia, com juros altos, continua impulsionando a renda fixa, que se consolida como uma alternativa na estratégia de financiamento das companhias.
Entre os instrumentos de securitização, os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) levantaram R$ 3,5 bilhões em janeiro, aumento de 8,8% na comparação anual. Já os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) tiveram queda de 14%, para R$ 3,2 bilhões.
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) registraram um janeiro recorde e atingiram R$ 2,2 bilhões, com alta de 42,9%.
Os fundos imobiliários (FII) movimentaram R$ 2,8 bilhões e os Fiagros chegaram a R$ 1 bilhão no período.