Os juros futuros fecharam em direções divergentes nesta quarta-feira (12), com taxas curtas em baixa e longas em alta, refletindo, respectivamente, o reforço na expectativa de arrefecimento da economia após o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e a alta dos rendimentos dos Treasuries, puxada pela inflação ao consumidor acima do que era esperado.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou em 14,89%, de 14,93% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 fechou a 15,06%, de 15,05%. A do DI para janeiro de 2029 subiu de 14,81% para 14,91%.
O sinal de baixa prevaleceu em boa parte da manhã em toda a extensão da curva, com a ponta longa até então contrariando o avanço dos yields dos Treasuries. A queda de 0,5% dos serviços prestados em dezembro ante novembro, trazida pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), deu combustível às apostas de que a economia entrou no modo de desaceleração já no quarto trimestre do ano passado, mantendo as taxas em baixa.
"Mesmo Galípolo tendo desconversado sobre o assunto, o mercado parece fissurado na ideia da desaceleração. De fato, aplicando os pesos do PIB, a pesquisa é até mais negativa. O mercado tem estado mais sensível a dados de atividade do que ao IPCA", afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi.
Em seminário no Rio pela manhã, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, deixou claro que a autoridade monetária "vai tomar o tempo necessário para ter certeza de que os novos dados são uma tendência", ao comentar a PMS.