Por: CORREIO ECONÔMICO

Itaú: Brasil tem mais a perder com tarifaço de EUA

Conversa com americano ocorre em semana decisiva | Foto: Alan Santos/Agência Brasil

O Brasil tem mais a perder do que a ganhar com a aplicação do 'tarifaço' nas importações ianques, prometido pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A conclusão preocupante parte do maior banco privado do país, o Itaú, em relatório intitulado "Brasil: como fica o comércio exterior no governo Trump 2?", que avalia o comércio bilateral de produtos como soja, milho, aço, petróleo e minério de ferro.

Para o banco, uma eventual guerra comercial da maior economia mundial com 'Pindorama' pode trazer mais impactos negativos, do em situação semelhante, ocorrida em 2018, agora com risco de maiores retaliações. Entre os setores nacionais mais afetados, o banco aponta a siderurgia, combustíveis e aviação.

Foco

O presidente Donald Trump afirmou que vai focar os primeiros aumentos de tarifas em países que os Estados Unidos possuem déficit comercial. O Brasil tende a escapar de grandes aumentos nesse primeiro momento, pois os EUA possuem superávit comercial.

Atingidos

A nova ordem dos EUA no comércio exterior deve atingir a China, México e Canadá. Nesta terça-feira (4), passou a vigorar a alíquota de 10% para produtos chineses. Já a taxação de 25% em produtos do México e do Canadá foi adiada por um mês, para futura negociação.