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Bolsa avança 2,82% a 126 mil pontos

O Ibovespa ganhou fôlego na etapa vespertina - em especial após a divulgação de resultado primário do setor público melhor do que o esperado para dezembro e 2024 -, o que o recolocou aos 127 mil, a 127.168,83 pontos ( 3,03%) na máxima intradia desde 12 de dezembro, então perto de 129,6 mil.

Ao fim, o índice da B3 mostrava ganho de 2,82%, aos 126.912,78 pontos, saindo de mínima a 123.431,63 e de abertura aos 123.432,74 pontos. O giro financeiro subiu a R$ 25,6 bilhões nesta quinta-feira. Faltando apenas a sessão de amanhã para o fechamento de janeiro, o Ibovespa acumula ganho de 5,51% no mês, a caminho do melhor desempenho desde agosto, quando avançou 6,54% e registrou sua última máxima histórica, aos 137 mil pontos. Na semana, sobe 3,65%.

O desempenho de janeiro contrasta com o do mesmo mês do ano passado, quando havia recuado 4,79%. Além de ser o primeiro avanço para o Ibovespa desde agosto, tende a ser também o melhor janeiro desde 2022, então em alta de 6,98%. Em porcentual, a alta do índice nesta quinta-feira foi a maior desde 5 de maio de 2023 ( 2,91%). E o nível de fechamento desta quinta-feira foi o mais alto desde 11 de dezembro.

Encruzilhada

"Os preços dos ativos domésticos tinham chegado a um ponto de encruzilhada, e os problemas de popularidade do presidente Lula ficaram evidentes na última pesquisa divulgada na segunda-feira. O governo parece começar a entender a mensagem. E, hoje, Lula mostrou estar atento, inclusive na referência amena a Gabriel Galípolo presidente do BC, que confirmou ontem elevação da Selic a 13,25% ao ano, conforme se esperava", diz Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos.

"A Bolsa era uma mola extremamente comprimida, aguardando qualquer sinal de melhora, em especial com relação a contas públicas, o que favorece uma correção para cima."

Com as blue chips em destaque na sessão, Vale ON sustentou ganho de 4,22% no fechamento, enquanto Petrobras ON avançou 1,97% e a PN, 1,33%.