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Boletim Focus eleva IPCA pela 14ª vez consecutiva

Por Marcello Sigwalt

Acumulando a décima-quarta alta seguida, a projeção do boletim Focus - consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país - para o IPCA deste ano voltou a subir, desta vez, de 5% para 5,08%, conforme divulgou a autoridade monetária, nessa segunda-feira (20). De igual modo, a expectativa da 'banca' é de que o indicador oficial de inflação suba de 4,05% para 4,10% no próximo ano. Enquanto continuou estável em 3,90% para 2027, o índice subiu de 3,56% para 3,58%, para o ano seguinte.

Mantendo o ritmo de crescimento 'tímido' das últimas semanas, talvez como reflexo do forte aperto monetário em curso, a estimativa do PIB para este ano subiu de 2,02% para 2,04%, mas caiu de 1,80% para 1,77%, para 2026. Já para 2027 e 2028, a projeção estacionou em 2%, há 78 semanas e 45 semanas, respectivamente.

Enquanto o mercado mantém a 'procissão de fé', de que a Selic (taxa básica de juros) deverá fechar o ano em 15% ao ano, para 2026, esta previsão cresceu de 12% para 12,25%; a de 2027 ficou estável em 10,25% ao ano e em 10% ao ano para 2028, como há quatro semanas.

Referência para a qualidade das contas públicas, o resultado primário brasileiro para 2025 permaneceu estável, pela quarta semana seguida, em um déficit de 0,60% do PIB, e em -0,50% do PIB para 2026. Para 2027, este ficou em -0,30% do PIB, há cinco semanas, recuando de -0,06% do PIB para -0,04% do PIB, para 2028.

Já o prognóstico para a dívida líquida do setor público este ano 'estacionou' em 66,95 do PIB em 2025, o mesmo valendo para 2026, em 71,19% do PIB. As estimativas para 2027 subiram de 74,10% do PIB para 74,15% do PIB e de 76,43% para 76,46% para 2028.

A projeção de superávit comercial em 2025 caiu de US$ 73,95 bi para US$ 73,40 bi, mas o estimado permaneceu em US$ 77 bi para 2026.