Quinto álbum do cantor e compositor reúne 30 músicos e explora a diversidade da música brasileira em obra que mapeia o amor entre bossas, sambas, valsas e boleros
Dez anos depois de iniciar sua trajetória fonográfica, o cantor e compositor Mauro Marcondes chega ao seu quinto álbum com a proposta de mapear as múltiplas faces do amor sob o filtro da diversidade rítmica da música brasileira. "O Tempo e o Amor", que será lançado nas plataformas digitais nesta sexta-feira (31), reúne 15 composições autorais que transbordam sofistificação harmônica. São bossas, baladas, sambas, choros, valsas e boleros costuradas pelos arranjos do maestro Leandro Braga.
Gravado entre maio e setembro no estúdio Lontra Music sob a batuta técnica de João Ferraz, o projeto consolida a versatilidade na escrita do artista. Com artesania delicada, Marcondes teceu um repertório romântico que desfila desejos, paixões, saudades, traições... Para dar conta dessa amplitude, o cantautor reuniu um time de letristas com quem mantém parcerias de longa data. Zéjorge, seu colaborador mais frequente nos últimos anos, divide as autorias com nomes como Caito Spina, parceiro desde a juventude, e Paulo César Feital, com quem mantém parceria ao longo de décadas. André Lacerda, Gustavo Baião e Sérgio Pachá completam o time de letristas do álbum.
Uma história curiosa envolve a participação póstuma do compositor Cláudio Cartier: através da memória musical de Feital, Marcondes teve acesso à primeira estrofe de uma valsa composta pela dupla, que foi concluída e incorporada ao disco. "Este álbum é o resultado do trabalho e talento de muitos, em especial dos meus parceiros letristas tão afinados com minha alma", afirma o compositor.
A produção musical mobilizou cerca de 30 instrumentistas sob a direção musical de Leandro Braga, que também assina os arranjos e toca piano, o disco conta com uma base que inclui Paulo Aragão no violão de oito cordas, Luiz Flavio Alcofra e João Ferraz nos violões de seis cordas, Lucas Porto no violão de sete, Daniel Ganc na viola de dez cordas, Pedro Amorim no bandolim e Léo Pereira no cavaquinho. A seção rítmica fica por conta de Rômulo Gomes nos baixos acústico e elétrico, Márcio Amaro na bateria e Netinho Albuquerque e Marcus Thadeu na percussão. Os sopros trazem Naomi Kumamoto nas flautas, Diogo Gomes no flugelhorn e trompete, Denize Rodrigues no sax tenor, Rui Alvim no clarinete e sax alto, Everson Moraes no trombone e Anderson Cruz na tuba. André Boxexa completa a formação na marimba.
O álbum traz ainda participações especiais da cantora Áurea Martins divide os vocais em "Bolero da Solidão". João Cavalcanti participa de "O Que Já Foi Não É". As cantoras Masé Sant'Anna e Soraya Nunes emprestam suas vozes às canções "Depois" e "Cantar Sem Fim". Uma parceria inusitada surgiu com a artista plástica Patricia Secco, que além de ceder suas obras para o projeto gráfico do álbum, assinou a letra de "Feliz em Ter Você", balada pop que, segundo Marcondes, o estimulou a explorar novas sonoridades.
O projeto visual do disco ficou a cargo de Gabriel Caymmi, que trabalhou sobre as obras de Patricia Secco. A fotografia da capa é de Ari Kaye, enquanto Ale Teixeira registrou as demais obras de arte. O registro fotográfico e audiovisual das sessões de gravação foi realizado por Felipe Câmara e Breno Ramoa. A produção geral é do próprio Marcondes, com coprodução de Paulo César Feital e produção executiva de Naomi Kumamoto, que também atua como instrumentista no projeto. Além das palataformas digitais, o álbum será disponibilizado em CD físico e no site do artista.
