Por: Affonso Nunes

Gabriel Grossi: fronteiras musicais expandidas

Gabriel Grossi | Foto: Divulgação

Gabriel Grossi consolida sua posição como um dos principais gaitistas numa trajetória que dissolve fronteiras entre gêneros e culturas musicais. O músico brasileiro tem chamado atenção internacional não apenas pela virtuosidade técnica, mas pela capacidade de transitar com naturalidade entre universos aparentemente distintos, do samba ao rock, da música clássica ao jazz.

Sua versatilidade ficou evidente durante o festival Best of Blues, quando foi convidado para integrar o show da Dave Matthews Band nos dois dias do evento.

Esse reconhecimento ganha corpo com o álbum "Plural", lançado no Brasil em 2022 e agora distribuído internacionalmente pelo selo inglês Whirlwind Recordings, numa celebração aos 25 anos de carreira do artista. O disco autoral reúne dez composições, metade com letras, e conta com participações de Jacob Collier, Lenine, Zélia Duncan, Anat Cohen, Hermeto Pascoal, Ed Motta e Leila Pinheiro.

Paralelamente, Grossi desenvolve "Java Nova - Brasil França", projeto que relacionado ao Ano do Brasil na França e da França no Brasil. A formação reúne o percussionista brasileiro Adriano DD, radicado em Paris, os franceses Laurent Coulondre (piano) e Antoine Arroyo (baixo), além de participações especiais dos brasileiros Mestrinho e Sérgio Pererê e das francesas Helene Argo e Christelle Raquillet. O álbum, com lançamento pela Biscoito Fino, chega ao Brasil na segunda quinzena de setembro.

No cenário nacional, o instrumentista circula ao lado de Amilton Godoy, fundador do Zimbo Trio, interpretando Villa-Lobos e preparando novo álbum que explora a fusão entre erudito e popular brasileiro. Grossi também atua regularmente como solista em orquestras sinfônicas, expandindo o repertório do instrumento no contexto clássico.