Por: Affonso Nunes

Cazuza será celebrado em grande estilo no Prêmio BTG Pactual 2026

Cazuza foi protagonista na renovação do rock brasileiro, nos anos 1980, e nem sua morte precoce apagou sua relevância na MPB | Foto: Divulgação

O rock brasileiro ganha destaque especial na próxima edição do Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira. Cazuza foi escolhido como o grande homenageado da 33ª edição, prevista para 2026, em decisão unânime do conselho da premiação. A decisão foi comunicada diretamente à família do artista através de telefonema conjunto dos conselheiros para Lucinha Araújo, mãe do cantor, que demonstrou entusiasmo com a escolha.

A seleção contou com a participação de nomes expressivos da música nacional que compõem o conselho: Zé Mauricio Machline, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Zélia Duncan - em sua primeira participação como nova integrante -, Karol Conká, Antônio Carlos Miguel e Giovanna Machline. O grupo reconheceu na obra de Cazuza elementos que transcendem gerações e mantêm relevância no cenário musical contemporâneo.

Zé Mauricio Machline, criador e diretor da premiação, justifica a escolha destacando que "celebrar Cazuza é celebrar a coragem, a liberdade e a potência de uma obra que segue viva e necessária". Para ele, a música e a poesia do artista "atravessaram gerações e continuam a ecoar nas vozes e nos sentimentos de milhões de brasileiros". A declaração evidencia o reconhecimento do impacto duradouro que o repertório cazuziano mantém na cultura nacional.

A trajetória artística do homenageado será o fio condutor do espetáculo de 2026, prometendo reunir diferentes gerações de intérpretes para novas leituras de clássicos como "Exagerado", "O Tempo Não Para", "Codinome Beija-Flor" e "Brasil". Essas canções, que integram o imaginário coletivo da música brasileira, serão reinterpretadas por artistas contemporâneos, criando pontes entre épocas e estilos musicais distintos.

Gilberto Gil, veterano do conselho, expressa satisfação em participar do processo de seleção e valorização da música nacional. "Me sinto muito bem fazendo parte deste Conselho. A música sempre esteve no centro da minha vida, e estar ao lado de pessoas tão envolvidas e conscientes da responsabilidade que temos com a cultura brasileira é uma honra", declara o artista baiano. Gil ressalta ainda o caráter colaborativo do grupo, formado por "amigos, colegas, nomes que já fizeram parte dessa história e outros que estão chegando agora".

 

Zélia Duncan, recém-integrada ao conselho, descreve o processo de escolha como "deliciosamente democrático", uma conversa onde cada participante contribui com sua experiência e visão musical. "Aqui é assim: é sobre música, a opinião de cada um, a experiência, o gosto, a visão e, finalmente, saber ouvir", explica a cantora. Sobre a escolha de Cazuza, Duncan demonstra entusiasmo: "Estou muito feliz com a escolha. Acho que é um ano importante, seu nome e obra merecem ser cada vez mais valorizados. E o Prêmio vai realizar exatamente isso, que a gente bote o Cazuza no colo".

O reconhecimento de Cazuza pelo prêmio vai além de sua contribuição musical, abrangendo também seu impacto social e sua postura artística combativa e autêntica. O cantor, que marcou os anos 1980 com sua irreverência e talento, representa uma geração de artistas que utilizaram a música como forma de expressão e resistência cultural. Sua obra continua influenciando novos músicos e mantendo relevância no cenário contemporâneo.

A 33ª edição manterá o propósito tradicional da premiação de valorizar a diversidade da produção musical brasileira, promovendo encontros inéditos entre artistas e apresentando ao público um panorama abrangente da música nacional. Através da obra de Cazuza, o evento pretende explorar as múltiplas vertentes e sonoridades que caracterizam a riqueza musical do país.

Criado em 1987, o Prêmio da Música Brasileira consolidou-se como uma das principais celebrações da música nacional, reconhecendo artistas, compositores, produtores e profissionais que contribuem para a excelência do setor. Além da premiação anual, a instituição desenvolve projetos como "Por Acaso" e "Casa PMB", oferecendo experiências musicais únicas e aproximando artistas do público.


'Que a gente bote o Cazuza no colo'

Machline, Gil, Ney, Zélia Duncan, Antônio Carlos Miguel e Karol Konká foram unânimes na escolha de Cazuza | Foto: Divulgação

Zé Mauricio Machline, criador e diretor da premiação, justifica a escolha destacando que "celebrar Cazuza é celebrar a coragem, a liberdade e a potência de uma obra que segue viva e necessária". Para ele, a música e a poesia do artista "atravessaram gerações e continuam a ecoar nas vozes e nos sentimentos de milhões de brasileiros". Machline destaca o reconhecimento do impacto duradouro que o repertório cazuziano mantém não apenas na canção popular como na cultura nacional.

A trajetória artística do homenageado será o fio condutor do espetáculo de 2026, prometendo reunir diferentes gerações de intérpretes para novas leituras de clássicos como "Exagerado", "O Tempo Não Para", "Codinome Beija-Flor" e "Brasil". Essas canções, que integram o imaginário coletivo da música brasileira, serão reinterpretadas por artistas contemporâneos, criando pontes entre épocas e estilos musicais distintos, como sempre acontece nas edições do prêmio.

Veterano do conselho, Gilbert Gil expressa satisfação em participar do processo de seleção e valorização da música nacional. "Me sinto muito bem fazendo parte deste Conselho. A música sempre esteve no centro da minha vida, e estar ao lado de pessoas tão envolvidas e conscientes da responsabilidade que temos com a cultura brasileira é uma honra", declara o artista baiano. Gil ressalta ainda o caráter colaborativo do grupo, formado por "amigos, colegas, nomes que já fizeram parte dessa história e outros que estão chegando agora".

Zélia Duncan, recém-integrada ao conselho, descreve o processo de escolha como "deliciosamente democrático", uma conversa onde cada participante contribui com sua experiência e visão musical. "Aqui é assim: é sobre música, a opinião de cada um, a experiência, o gosto, a visão e, finalmente, saber ouvir", explica a cantora. Sobre a escolha de Cazuza, Duncan demonstra entusiasmo: "Estou muito feliz com a escolha. Acho que é um ano importante, seu nome e obra merecem ser cada vez mais valorizados. E o Prêmio vai realizar exatamente isso, que a gente bote o Cazuza no colo".

Macaque in the trees
Cazuza | Foto: Divulgação

O reconhecimento de Cazuza pelo prêmio vai além de sua contribuição musical, abrangendo também seu impacto social e sua postura artística combativa e autêntica. O cantor, que marcou os anos 1980 com sua irreverência e talento, representa uma geração de artistas que utilizaram a música como forma de expressão e resistência cultural. Sua obra continua influenciando novos músicos e mantendo relevância no cenário contemporâneo.

A 33ª edição manterá o propósito tradicional da premiação de valorizar a diversidade da produção musical brasileira, promovendo encontros inéditos entre artistas e apresentando ao público um panorama abrangente da música nacional. Através da obra de Cazuza, o evento pretende explorar as múltiplas vertentes e sonoridades que caracterizam a riqueza musical do país.

Criado em 1987, o Prêmio da Música Brasileira consolidou-se como uma das principais celebrações da música nacional, reconhecendo artistas, compositores, produtores e profissionais que contribuem para a excelência do setor. Além da premiação anual, a instituição desenvolve projetos como "Por Acaso" e "Casa PMB", oferecendo experiências musicais únicas e aproximando artistas do público.