Meio século depois de sua fundação, a Orquestra Petrobras Sinfônica reencontra suas origens em concerto especial nesta sexta e sábado (9 e 10) na Sala Cecília Meireles, o mesmo local da primeira apresentação. Em comemoração aos 50 anos de trajetória, o conjunto interpreta "O Messias", de Händel — a mesma obra escolhida para sua estreia em 1975, quando ainda se chamava Orquestra Pró-Música do Rio de Janeiro. Na época, o maestro Armando Prazeres conduzia o grupo estreante. Agora, quem assume o pódio é seu filho, Felipe Prazeres.
"Essa obra tem um significado profundo para a nossa história", afirma Felipe. "A orquestra nasceu de um trabalho coral, e meu pai regeu o Messias durante toda sua vida com inúmeros corais amadores." O retorno à composição de Händel não é apenas uma homenagem à fundação do grupo, mas também um gesto de continuidade e renovação — valores refletidos na própria música.
Entre os músicos que viveram essa jornada desde o início, está a violoncelista Atelisa de Salles. Presente no primeiro concerto da orquestra, ela destaca a emoção de revisitar esse repertório. "Penso no maestro Armando quando vejo que aquele embrião de 12 pessoas em 1975 chegou aonde estamos hoje. A orquestra foi praticamente minha segunda casa. Fico imaginando o orgulho que Armando teria de ver a orquestra que ele tanto amou subir no palco para mais uma vez tocar uma obra que tantas vezes ele regeu", conta.
A temporada 2025 da orquestra marca oficialmente as comemorações do cinquentenário. Fundado por Armando Prazeres, o conjunto é reconhecido por sua gestão pioneira, conduzida pelos próprios músicos, o que garante uma abordagem artística única. A orquestra é atualmente liderada por Isaac Karabtchevsky, diretor artístico que reforça a missão de democratizar o acesso à música de concerto e celebrar a diversidade musical.
SERVIÇO
ORQUESTRA PETROBRAS SINFÔNICA - 50 ANOS
Sala Cecília Meireles (Largo da Lapa, 47 - Centro) | 9 e 10/5, sexta (19h) e sábado (16h) | Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia)