O Dia Internacional do Jazz, comemorado todo dia 30 de abril, não passa em branco no Rio. A data, criada pela Unesco em 2011, reconhece o papel do gênero como instrumento de liberdade, diálogo entre culturas e expressão criativa.
No Blue Note Rio, em Copacabana, uma reunião de grandes nomes da música brasileira promete uma noite de celebração no melhor estilo jazzístico: uma jam session. Dezessete renomados músicos brasileiros sobem ao palco da casa, entre eles Jefferson Lescowich, Jessé Sadoc, José Arimatéa, Luana Mallet, Marcelo Martins, Marcos Nimrichter, Mauricio Einhorn, Ney Conceição, Pedro Quental, Renato Massa, Ricardo Silveira e Torcuato Mariano. No repertório, temas clássicos do jazz, releituras e muita improvisação, reunindo gerações e estilos diversos.
O Centro Cultural Banco do Brasil também prepara uma homenagem ao gênero. Dentro da série Música no Museu, a Big Band do Colégio Pedro II fará uma apresentação gratuita às 12h30 no CCBB Rio. Formada por jovens instrumentistas, a orquestra explora repertórios de mestres do jazz, como Duke Ellington, e promete contagiar o público com arranjos vibrantes.
O Dia Internacional do Jazz foi criado com a proposta de destacar a importância do gênero na construção de sociedades mais inclusivas e pacíficas. Surgido no final do século 19, em Nova Orleans, o jazz nasceu do encontro entre tradições africanas, europeias e caribenhas. Em pouco tempo, ultrapassou fronteiras, servindo de trilha sonora para movimentos sociais e inspirando diferentes vertentes musicais. Sua capacidade de improvisar, dialogar e renovar tornou-se símbolo de resistência e liberdade artística, influenciando do rock à música erudita.