Por: Carlos Monteiro | Textos e fotos

Fotocrônica: A natureza chora

FotoCrônica 21/7/2025 | Foto: Carlos Monteiro

São sóis nascidos, houve até dias nublados ou de chuva mas, o Astro-Rei está lá e sempre estará.

Nos tempos da pandemia aprendi muita coisa com a natureza. Conheci a migração das aves. Os biguás, naquele ano, ficaram até mais tarde sobrevoando o Cristo e o Pão de Açúcar num vai e vem diário entre a Lagoa, a Ilha do Governador e a Praça XV. Os socós, que há muito não via pelas bandas de cá, deram o ar da graça. As fragatas, altaneiras, bailaram sob o Sol. Apareceram as ararinhas, papagaios, bem-te-vis, sabiás-laranjeira, maritacas estrondosas, gaviões, tucanos e, até mesmo, garças que, jamais tinha visto sobrevoar esta parte da cidade.

Vi macacos-prego e saguis se aventurarem a ficarem mais próximos dos humanos.

Ouvi o canto mavioso dos pássaros que, antes eram abafados pelos ruídos da cidade frenética. Senti os aromas matinais vindos com o vento.

Senti, enfim, a natureza viva, vívida, vibrante, agradecida, absoluta em dias com ares mais límpidos, translúcidos.

As montanhas solares em brilho exaltaram a cidade.

Hoje, o dia amanheceu com um horizonte paralelo, como se prenunciasse um novo amanhã de tristeza, um novo tempo, como um chamamento a todas e todos para reforma íntima, para a reflexão do que fomos, somos e deveremos ser, para os 'gritos' da natureza.

Hoje, presto homenagem aos ambientalistas que nos trazem um novo-futuro de esperanças e ensinamentos.

Presto homenagem a natureza que, como Phenix, ressurgirá das cinzas espalhadas em nosso desvario.

O normal anterior foi o problema, de todos os desastres ambientais, mas não trouxe nenhum ensinamento.

E agora José? Por que tanto egoísmo?

Mais humanidade, solidariedade, paz e espírito comunitário; mais amor por favor!