Poucos super-heróis sofreram tanto com adaptações cinematográficas quanto o Quarteto Fantástico. A primeira tentativa de levar essa família superpoderosa para as telonas veio em 1994, com um filme que sequer foi lançado, mas acabou sendo feito apenas para manter os direitos junto ao estúdio. Em 2005 e 2007, a Fox conseguiu emplacar dois filmes que jamais foram unanimidade entre público e crítica. Em 2015, em nova tentativa da Fox, "Quarteto Fantástico" chegou aos cinemas para se eternizar como uma das maiores bombas já feitas na história dos filmes inspirados em quadrinhos.
Agora, em 2025, Senhor Fantástico (Pedro Pascal), Mulher Invisível (Vanessa Kirby), Tocha Humana (Joseph Quinn) e O Coisa (Ebon Moss-Bachrach) chegam às telonas. Neste "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos", que estreia nesta quinta-feira (24), o grupo de heróis vive numa Terra alternativa àquela salva inúmeras vezes pelos Vingadores. Nesta realidade com jeitão de 'Os Jetsons', eles são as maiores celebridades do planeta. Porém, sua fama não irá ajudá-los, já que a Surfista Prateada (Julia Garner) anuncia que o gigante cósmico Galactus (Ralph Ineson) está chegando para devorar o mundo.
A convite da Disney, o Correio da Manhã participou da coletiva de imprensa do filme, na qual o diretor Matt Shakman explicou um pouco mais sobre a grande inspiração para contar essa história em uma realidade alternativa.
"Eu sou fanático pelo Quarteto Fantástico desde que era criança, então foi uma honra poder trazê-los para o cinema. E sabia que parte importante deles nos quadrinhos é serem grandes celebridades e influenciadores do mundo. Ou seja, o público já teria ouvido falar sobre eles no universo regular da Marvel caso existissem lá. Por isso, optamos por construir um universo alternativo retrofuturista, e pude me espelhar nos anos 1960 para isso. Toda a equipe trabalhou muito duro para criar esse mundo fantástico que é inspirado nas obras de Jack Kirby e no filme '2001: Uma Odisseia no Espaço'", revelou o diretor.
Kirby foi uma das maiores lendas das histórias em quadrinhos. O artista co-criou ícones como o Capitão América, Hulk, Homem de Ferro, Thor, X-Men e o próprio Quarteto Fantástico. Porém, ele se envolveu em longas disputas judiciais com Stan Lee para poder ser reconhecido também como criador desses personagens, algo que ele morreu sem conseguir. Agora, seu trabalho é enfim reconhecido nos cinemas, tendo um filme inteiro feito em sua homenagem, como confirmou o CEO do Marvel Studios, Kevin Feige.
"Estou muito ansioso para que as pessoas vejam este filme como a carta de amor à imaginação de Jack Kirby, que não é tão comentado pelos fãs quanto deveria. Esse filme não existiria sem seu trabalho. A Marvel não existiria sem ele. Então, o filme em si é sobre o amor e o respeito que temos por Jack Kirby. Tanto que há momentos no filme que vieram diretamente de ideias dele e são homenagens diretas a ele", concluiu Kevin Feige.
