Em meio a uma fase de forte reconhecimento artístico e crescente adesão do público, o cinema brasileiro recebe um impulso decisivo da Prefeitura do Rio. A RioFilme, vinculada à Secretaria Municipal de Cultura, anunciou o Programa de Fomento ao Audiovisual Carioca 2025, com investimento recorde de R$ 131,1 milhões — parte de um arranjo regional com o Governo Federal, via Ancine e Fundo Setorial do Audiovisual.
A divulgação ocorreu no painel “O futuro do audiovisual brasileiro: Inclusão, sustentabilidade e desenvolvimento econômico”, com a presença do diretor-presidente da RioFilme, Leonardo Edde, do secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, e do presidente da Ancine, Alex Braga. O anúncio sinaliza o papel estratégico da cidade na cadeia nacional do audiovisual, num momento em que o setor se reposiciona como motor de cultura, economia e identidade.
Segundo Leonardo Edde, o investimento se traduz em confiança para o setor. “Só há fomento eficaz com vontade política. A gestão pública precisa gerar previsibilidade para atrair inovação, tecnologia e novos recursos. O audiovisual é vetor de desenvolvimento cultural, social e econômico.”
Com 92 projetos já contemplados este ano, totalizando R$ 31,1 milhões contratados, a RioFilme se apresenta como catalisadora de uma fase fértil do cinema brasileiro. O novo pacote prevê R$ 59 milhões para longas de ficção e animação, R$ 16 milhões para séries, R$ 12 milhões para documentários e R$ 8 milhões para distribuição, além de R$ 5 milhões para desenvolvimento de projetos.
O programa também contempla políticas afirmativas e pontuação adicional para projetos que atendam a critérios de diversidade. A consulta pública dos editais começa dia 2 de junho e vai até od ia 15 pelo e-mail [email protected]. As inscrições serão abertas em 25 de junho.
“A parceria com a Prefeitura do Rio fortalece os três pilares da atuação da Ancine: transparência, previsibilidade e estratégia. O Rio fala ao Brasil e ao mundo, e essa conexão com a identidade nacional precisa ser potencializada”, afirmou Alex Braga.
Para Márcio Tavares, o audiovisual é mais do que indústria. “É ferramenta de formação de linguagem, de cidadania e de futuro. Ver essa visão refletida num programa robusto como o da RioFilme mostra o valor de uma gestão conectada com a cultura como eixo de transformação.”