Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Um deulo de segundo escação na Berlinale

'Timestamp', documentário com CEP da Ucrânia, aborda o mundo escolar | Foto: Oleksandr Roshchyn/Divulgação

Ao largo do favoritismo do Brasil, demarcado desde o último domingo, quando "O Último Azul" escancarou o mal do etarismo em terras sul-americanas, a briga por um Urso de Prata e pelo cobiçado Urso dourado de 2025 passou por (finos) solavancos em sua reta final.

Uma expressão de resiliência da Ucrânia, em reação aos saldos de sua guerra com a Rússia, fez a Berlinale se encantar pelo documentário "Timestamp", de Kateryna Gornostai. É um mosaico do dia a dia de estudantes e profissionais da educação na cena escolar ucraniana, numa luta para manter viva a fé na educação como um instrumento de revolução.

Antes de "Timestamp" se fazer amar por Berlim, o festival entrou em uma torrente lírica, por vias norueguesas, com o dulcíssimo "Dreams (Sex Love)", de Dag Johan Haugerud. O filme é parte de um projeto que o diretor escandinavo tem criado a fim de entender modos de amar, de gozar e de temer o querer.

A trama faz uma ode à literatura ao narrar o processo de escrita de uma adolescente no registro (em prosa) de suas fantasias sentimentais por uma mulher mais velha. No sábado, o júri vai dizer se essas produções sairão da Alemanha laureadas na volta para casa a seus países.