Por: Rodrigo Fonseca | Especial para o Correio da Manhã

Dupla vitória de ‘Ainda Estou Aqui’ na Europa: Goya e Roterdã

Com atuação memorável de Fernanda Torres, 'Ainda Estou Aqui' vem litando salas no Brasil e no exterior, ultrapassanda a marca de US$ 20 milhões em arrecadação | Foto: Alile Dara Onawale/Divulgação

A caminho de 4,5 milhões de ingressos vendidos, a reboque de suas três indicações ao Oscar, “Ainda Estou Aqui” foi duplamente premiado na Europa neste sábado (8): ganhou o troféu Goya, na Espanha, e a láurea de júri popular do 54° Festival de Roterdã, na Holanda.

A consagração do longa-metragem de Walter Salles em terra espanhola se deu na categoria Melhor Filme Ibero-americana, conquista inédita para o Brasil, em quase quatro décadas daquela premiação. Jorge Drexler, cantor e compositor uruguaio que trabalhou com Salles em “Diários de Motocicleta” (pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Canção, há 20 anos), recebeu a distinção em nome do colega cineasta.

Hoje, no Velho Mundo, o drama dirigido por Waltinho com base no romance homônimo de Marcelo Rubens Paiva lota salas de projeção em Portugal e na França. Seu faturamento em âmbito global beira US$ 20 milhões.

No páreo dos Oscars de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres), “Ainda Estou Aqui” entrou em Roterdã em uma mostra paralela, dedicada a vozes autorais, em geral as já consagradas. Destronou rivais de peso como o misto de thriller e drama do Irã “A Semente do Fruto Sagrado”, seu concorrente também na competição hollywoodiana, agendada para 2 de março.

A láurea mais cobiçada de Roterdã, o troféu Tigre, foi dado a “Fiume O Morte!”, de Igor Bezinovi, da Croácia. Já a mostra Big Screen teve como vencedor “Raptures”, de Jon Blåhed, da Suécia.
No próximo domingo, “Ainda Estou Aqui” concorre ao Bafta, em Londres.