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LNCC se torna Patrimônio Imaterial do Estado do Rio

Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) realiza pesquisas não só de relevância nacional, mas internacional | Foto: Arquivo

Por Richard Stoltzenburg

O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, foi considerado Patrimônio Científico, Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado e reconhece a importância da unidade para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Brasil.

O LNCC, que pertence ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, formou, até 2019, mais de 300 mestres e doutores que hoje atuam em 23 estados do país. A instituição também produz cerca de 200 trabalhos científicos por ano, com a colaboração de pesquisadores de mais de 50 países. Em 2025, o laboratório recebeu um investimento superior a R$ 100 milhões — a primeira etapa do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, que pretende tornar o Brasil uma referência global em inovação tecnológica.

Para o Coordenador de Tecnologia da Informação do LNCC, Wagner Vieira, a medida reforça a base tecnológica para a cidade. "No meu ponto de vista, a gente continua com uma forte atração para que pessoas trabalhem em Petrópolis, seja no LNCC e nas empresas de tecnologia da cidade. A sinergia entre a área acadêmica e as empresas, reforça esse momento, assim como outros títulos que Petrópolis tem, como por exemplo, Capital Estadual da Tecnologia" eplicou.

Supercomputador

Também localizado no LNCC, está o Supercomputador Santos Dumont, que tem capacidade de processamento superior a 20 quatrilhões de operações por segundo. Isso equivale ao desempenho de aproximadamente 80 milhões de notebooks comuns. Essa potência é usada em pesquisas avançadas nas áreas de saúde, clima, energia e inteligência artificial.

Setor tecnológico
em crescimento

Além do LNCC, Petrópolis se consolida como um polo de inovação tecnológica com outras iniciativas importantes. Em março deste ano, foi inaugurado o Laboratório de Computação Quântica da Faeterj Petrópolis, que visa estimular o estudo, a pesquisa e o uso de tecnologias quânticas — uma área que estuda partículas muito pequenas, com aplicações futuras em supercomputadores e segurança digital.

Também está prevista a construção de um novo polo tecnológico nas margens da BR-040, onde funcionava uma antiga fábrica de café solúvel. O projeto será realizado por meio de parcerias entre o setor público e privado.

Outro destaque é o Serratec — Polo Tecnológico da Região Serrana, que engloba as cidade de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Areal. Para Thaís Ferreira, Diretora Executiva do Serratec, o setor tem grande relevância para a formação de mão de obra qualificada e para inserção de jovens no mercado de trabalho. "O setor de tecnologia em Petrópolis movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano e emprega mais de cinco mil pessoas em cerca de 400 empresas" comentou. Entre os programas realizados, está o Residência em Tic, que em cinco anos, formou cerca de 1,3 mil pessoas, com média de contratação superior aos 50%.