Por Gabriel Rattes
O vereador de Petrópolis, Marquinho Almeida, deu início a uma articulação com representantes dos Correios, Deputados Federais e prefeitura para tentar barrar o fechamento das agências dos Correios nos distritos da Posse e de Pedro do Rio, previsto para o dia 20 de junho. A ação faz parte de um plano nacional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que deve encerrar 16 unidades no estado do Rio de Janeiro até o fim do mês.
Para o vereador, as agências são mais do que locais de postagem: são pontos de acesso a serviços bancários, envio de documentos, recebimento de encomendas e até medicamentos, principalmente em áreas com pouca conectividade ou acesso limitado à internet. "O fechamento dessas agências é um corte direto na dignidade de quem mais precisa do serviço público funcionando perto de casa", afirmou Marquinhos em entrevista exclusiva ao jornal Correio Petropolitano.
Além do impacto social, o vereador também destacou os efeitos econômicos negativos da medida. Segundo ele, pequenos empreendedores que dependem dos Correios para enviar seus produtos ficarão sem uma alternativa viável de logística. "Isso afeta o comércio local, gera mais desigualdade e dificulta o acesso aos direitos básicos", completou.
Apoio em Brasília
Diante do cenário, o parlamentar já iniciou conversas com representantes da ECT e com deputados federais em Brasília, além de manter diálogo com a Prefeitura de Petrópolis. O objetivo é construir uma frente de resistência contra o encerramento dos serviços. "Não aceitarei o desmonte silencioso desse serviço tão importante", declarou.
Dentre os Deputados Federais, Hugo Leal (PSD-RJ) protocolou na Câmara dos Deputados um requerimento de informação solicitando ao Ministério das Comunicações explicações sobre o fechamento de agências dos Correios no Estado do Rio de Janeiro. O parlamentar demonstrou especial preocupação com os impactos da medida no município de Petrópolis, na Região Serrana.
No requerimento, o deputado faz cinco perguntas ao Ministério das Comunicações:
- Quais critérios foram usados para escolher quais agências seriam fechadas?
- Que medidas estão sendo tomadas para garantir que a população continue com acesso aos serviços postais e bancários?
- Existe planejamento para reabrir agências ou criar outras formas de atendimento, como franquias ou postos comunitários?
- Quais critérios específicos foram usados para decidir o fechamento das agências em Petrópolis?
- Que ações estão sendo planejadas para ajudar a população local a ter acesso aos serviços, mesmo com as longas distâncias?
A solicitação foi registrada oficialmente no dia 20 de maio de 2025 e aguarda resposta do governo federal. Um ofício também foi enviado, mas ainda não teve resposta.
Petição online
A população também está sendo chamada a participar do movimento. Uma petição online foi lançada pelo vereador de Petrópolis para reunir assinaturas e demonstrar o descontentamento popular com a medida. "A petição nasceu da indignação da população. Muita gente procurou meu gabinete revoltada com o fechamento. Criamos esse canal para transformar essa revolta em ação concreta", disse.
O vereador prometeu levar o debate à Câmara Municipal e às comunidades afetadas. Ele também garantiu que seguirá mobilizando apoio em todos os espaços possíveis, reforçando que a pressão popular será fundamental para reverter a decisão.
