Secretário de Comunicação do Palácio do Planalto, o publicitário Sidônio Palmeira encontrou nos erros da oposição um mote de campanha que os governistas pretendem utilizar nas eleições de 2026.
Sidônio postou em suas contas nas redes sociais uma peça publicitáriacom os seguintes dizeres: “Lula quer taxar os super-ricos” e “Bolsonaro quer taxar o Brasil”.
Foi a forma encontrada para se aproveitar do fato de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter argumentado em carta ao governo brasileiro que um dos motivos para os impor tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros é o que considera uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sidônio quer trazer para a campanha um espírito patriótico. Coisa que antes apenas os bolsonaristas conseguiam. Desta vez, mostrando que Bolsonaro se aliou aos EUA para prejudicar empresários e trabalhadores brasileiros com a imposição de tarifas sobre nossos produtos.
Aliados de Bolsonaro consideram perigoso para a imagem do ex-presidente atribuir-lhe a responsabilidade pelo tarifaço de Trump. Circula nos bastidores que Bolsonaro pediu até ao filho,m Eduardo, que está no EUA, para “dar um tempo” nas afirmações de que trabalhou pela punição contra o Brasil.
Sidônio também se aproveita na peça publicitária para agregar outro ponto contrário à imagem dos governistas: a resistência à cobrança de impostos “contra os ricos” como contrapartida à diminuição de taxas “no andar de baixo”.
No post, para acirrar a disputa pelo patriotismo, o próprio Sidônio afirma, embaixo da peça publicitária: “Respeita o Brasil”.
Os governistas estão festejando a possibilidade de se aproveitar desses dois pontos – o tarifaço de Trump e o sucesso da campanha “pobres contra ricos – na campanha eleitoral de 2026.
Estão entupindo as redes sociais com memes utilizando o vídeo em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) veste o boné da campa a eleitora de Donald Trump com os dizeres MAGA – Make America Great Again (faça a América grande novamente).
