Montesquieu ensinava, há 277 anos, que, "para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder". É o princípio da equipotência dos poderes, considerada base central para a estabilidade de qualquer regime. O Brasil de 2025 ignora Montesquieu. Os poderes estão desequilibrados e numa disputa insana entre eles. E, mais do que qualquer interesse particular, essa parece ser a base principal do interesse do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e de outros parlamentares, em colocar um par, um colega senador, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na Suprema Corte. O Congresso quer ter um ministro do STF para chamar de seu.