O advogado-geral da União, Jorge Messias, sabe que o problema não é ele. Desde que passou a exercer o cargo, não foram raras as vezes em que ele foi acionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para mediar questões políticas com a bancada evangélica, por conta da sua inclinação religiosa (Messias é da Igreja Batista Cristã de Brasília). Na sua grande maioria, a bancada evangélica é formada por parlamentares conservadores, que fazem oposição a Lula. Ou seja, Messias tem bom trânsito junto a essa bancada. Mas, apesar das boas relações, a oposição sentiu o cheiro de sangue na floresta. Provavelmente rejeitaria a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) se sua sabatina fosse mantida.