O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é autor de uma rara proeza. Ele conseguiu se enrolar pelos dois lados da polarização política brasileira. Quando era aliado do PT de Luiz Inácio Lula da Silva, foi um dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal do mensalão. Teve uma pena de quase oito anos, ficou 11 meses detido, quando lhe foi concedida prisão domiciliar. No caso do julgamento da tentativa de golpe, Valdemar acabou conseguindo se safar inicialmente: o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não o colocou entre os denunciados. Essa situação deverá mudar, no entanto. E Valdemar já sabe disso e começou a se mexer, em busca de assessoramento para enfrentar a situação que poderá lhe chegar.