Por: POR RUDOLFO LAGO

CORREIO POLÍTICO | A coluna errou sobre Doria empresário

Doria segue à frente de eventos empresariais | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A coluna desta segunda-feira (5) que falava sobre o destino político do ex-governador João Doria acabou gerando repercussão, mas também algumas observações, com as quais este colunista acabou concordando. Ao analisar o destino político do ex-governador de São Paulo João Doria, o Correio Político errou na avaliação quanto à sua relevância empresarial. Um erro, porque, realmente, os fatos contrariam tal análise. O erro consistiu em dizer que nem mesmo os eventos empresariais que fazia antes de se projetar politicamente Doria hoje faz. Essa sentença realmente não condiz com os fatos. Doria continua realizando eventos empresariais importantes, no Brasil e no exterior. Realizou alguns, inclusive, recentemente. Isso não parou.

 

Política

O que ele fez, no momento, foi sair da vida política e partidária. Por aí, as avaliações que a coluna ouviu de pessoas do campo governista quanto aos temores do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para não ter destino parecido, fazem sentido.

Empresarial

Mas, do ponto de vista da liderança empresarial, não fazem. E desse erro o Correio Político se penitencia, e pede desculpas aos leitores. Doria continua à frente do Lide, o grupo de líderes empresariais, e realizou eventos em Brasília e outros lugares recentemente.

Evento em Brasília reuniu políticos como Kassab

Com Paulo Octavio e Kassab, em evento do Lide | Foto: CM

Na semana passada mesmo, Doria esteve no 3o Brasília Summit, que reuniu outros líderes políticos, como o secretário de Governo de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab. O que de fato houve com Doria foi o recuo das suas pretensões políticas. Após a projeção durante a pandemia de covid-19, Doria imaginou que conseguiria obter o comando do PSDB, que era o seu partido. Entrou numa disputa com o deputado Aécio Neves (MG) pelo comando. Venceu um confuso processo de prévias que não se concretizou. Imaginava ser guindado à Presidência da República, e não foi. Dos projetos políticos e partidários, submergiu.

Tarcísio

É o temor de destino igual no campo político que Tarcísio de Freitas, segundo apostam as fontes governistas, temeria. Tarcísio só entraria no páreo, apostam, se conseguisse construir uma unidade em torno de si dos grupos à direita para evitar desgastes e brigas.

Brigas

As brigas que Doria teve no campo político dentro do PSDB é que seriam o exemplo a não ser seguido. É por conta disso que nesta terça-feira (6) Tarcísio voltou a dizer que a discussão em torno de ser ou não candidato seria "prematura". Justamente para evitar pressões.

Risco

No caso, o risco temido é que qualquer precipitação acabe galvanizando oposições à sua pretensão. O que poderia levar Tarcísio a um caminho sem volta: sair à Presidência sem a unidade necessária e sem a chance de um recuo rumo à reeleição.

Erro

Essa, portanto, a análise mais correta, corrigindo o que se disse na segunda-feira. Esta coluna não tem compromisso com o erro. E, evidentemente, não irá brigar com as evidências e tudo aquilo que se verifica de fato sobre qualquer personagem da política.