Quem imaginava sessões tensas nos depoimentos dos réus do "núcleo crucial" da tentativa de golpe, até agora se enganou. O relator da ação penal, Alexandre de Moraes, que conduz os inquéritos, tem usado um tom cordial e dado aos réus a chance de falar sem interrupção. E nenhuma das testemunhas, da mesma forma, adotou qualquer viés desrespeitoso. Inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que depôs na tarde de terça-feira (10). Nesse sentido, chamou a atenção que Moraes tenha permitido que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens da Bolsonaro, tenha procurado amenizar as coisas que viu e de que participou, chegando a dizer que achava mais semelhante a "conversa de bar" do que uma trama golpista.