O relator dos processos sobre os atos golpistas no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, resolveu não incluir como prova as conversas do agente da Polícia Federal Wladimir Soares. A razão é lógica, do ponto de vista técnico: as conversas apareceram depois da denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Então, não tinham sido incluídas como prova por ele. Moraes afirma que elas não acrescentam fato novo ao que já se sabia. É possível. Mas, mesmo não sendo prova a ser analisada, o que disse Soares certamente servirá para aprofundar as convicções pessoais dos ministros. Porque há ali um roteiro detalhado do que foi planejado, e que só não teria sido executado porque faltou o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro.