Quando se esmiúçam os números em torno da proposta do governo de taxar os super ricos como compensação ao aumento para R$ 5 mil da faixa de isenção do Imposto de Renda, fica mais evidente o espanto com a reação da ideia. No Congresso, não há quem fique contra o aumento da isenção, mas muitos torcem o nariz com a cobrança sobre os mais ricos. Impressionante constatação da força da nossa desigualdade social. Um cálculo do Ministério da Fazenda aponta que o número de pessoas das faixas mais altas da sociedade afetado pela medida seria de apenas 140 mil. Pela proposta, a alíquota só alcançará 10% de imposto para os que tiverem renda anual acima de R$ 1,2 milhão. Somente esses recebem R$ 100 mil mensais.