O governo não passou recibo público. Mas o recado dado há alguns dias pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, sacudiu as entranhas do Palácio do Planalto. Em um encontro com empresários em São Paulo, Kassab disse que Lula não venceria as eleições se elas fossem hoje. E completou dizendo que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era um "ministro fraco". No dia seguinte, Lula saiu em defesa pública de Haddad. Mas, principalmente, as críticas ao ministro da Fazenda, que partiam da esquerda do próprio governo, cessaram. E outras defesas públicas a Haddad vieram. Atribui-se ao freio de arrumação dado nesse sentido a demissão no Psol do economista Davi Deccache, que era forte crítico da política imprimida por Haddad.