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CORREIO ECONÔMICO | Mais de 141 mil trabalhadores não sacaram abono salarial

Saques podem ser feitos nas agências da Caixa | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou, em 18 de dezembro, que 141.628 trabalhadores ainda não sacaram o Abono Salarial, o que corresponde a um montante de R$ 145.788.353,00. Os valores estão disponíveis para saque nas instituições financeiras Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil até o término do calendário de pagamentos, em 29 de dezembro de 2025.

No calendário de pagamento de 2025, 26,5 milhões de trabalhadores foram identificados com direito ao Abono Salarial, referente ao ano-base de 2023 e à revisão dos cinco anos anteriores. Desse total, 26,4 milhões já receberam o benefício, somando R$30,7 bilhões, o que representa uma taxa de cobertura de 99,47%.

 

No dia 15 de cada mês

No Banco do Brasil, pagamento por TED ou PiX | Foto: Banco do Brasil/Divulgação

Para 2026, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a destinação de R$ 33,5 bilhões para 26,9 milhões de trabalhadores, com início dos pagamentos previsto para 15 de fevereiro. Os pagamentos continuarão sendo realizados no dia 15 de cada mês ou no primeiro dia útil subsequente, para os trabalhadores que solicitaram revisão do Abono Salarial por meio de recurso administrativo.

Quem tem direito

As informações para consulta estarão disponíveis na Carteira de Trabalho Digital e no portal do Governo Federal GOV.BR, a partir do dia 5 de cada mês. Têm direito ao Abono Salarial os trabalhadores que atendem aos critérios de habilitação, entre eles: estar cadastrados no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos, contados a partir do primeiro vínculo; ter recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), até dois salários mínimos.

Conta na Caixa

Outros critérios: ter exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; e ter os dados referentes ao ano-base 2023 corretamente informados pelo empregador no eSocial. O pagamento do Abono Salarial na Caixa será realizado prioritariamente por crédito em conta do banco, corrente, poupança ou digital.

Não correntista

Para o trabalhador não correntista, o pagamento será realizado em canais como agências, casas lotéricas, autoatendimento, CAIXA Aqui e demais canais de pagamento oferecidos pela Caixa. No Banco do Brasil, o pagamento do Abono Salarial será realizado prioritariamente por crédito em conta bancária.

TED ou PIX

As transferências, então, serão via TED, PIX ou presencialmente nas agências de atendimento, para trabalhadores não correntistas e que não possuam PIX.

Informações adicionais poderão ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego e nas unidades regionais.

Superintendências

Estão prontas para prestar atendimento as unidades das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, pelo telefone 158 ou pelo Facilita Brasil.

As informações desta coluna sobre o Abono Salarial e como solicitá-lo foram organizadas a partir de reportagem da Agência Brasil.

Banco Central

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou a exoneração dos diretores do Banco Central Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e de Resolução) a partir de 1º de janeiro de 2026.

O ato foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (24).

Desfalques

Os dois diretores decidiram deixar os cargos ao término dos respectivos mandatos, em 31 de dezembro. Como os substitutos de Guillen e Gomes ainda não foram indicados por Lula, o Copom (Comitê de Política Monetária) terá dois desfalques na primeira reunião do ano que vem, nos dias 27 e 28 de janeiro.

Indicações adiadas

O governo deixou para 2026 a indicação dos novos nomes para a cúpula do BC devido ao clima conturbado entre Executivo e Senado e ao prazo apertado até o fim do ano legislativo, encerrado na última segunda (22). Os escolhidos precisam passar por aprovação dos senadores. (Com Nathalia Garcia, Folhapress)