O presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), Américo Monte Júnior, ficou em silêncio na maioria das perguntas feitas por parlamentares na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. A associação é investigada por possíveis irregularidades relacionadas a cobranças indevidas em benefícios previdenciários.
Pelo menos 30 perguntas ficaram sem resposta. O que se seguiu a cada "me reservo ao direito de permanecer em silêncio (garantido por um habeas copus do Supremo Tribunal Federal assinado pelo ministro Nunes Marques), parlamentares aproveitaram para defender seus posicionamentos.
Conforme o relator, deputado Alfredo Gaspar (PL-AL), o depoente recebeu auxílio emergencial entre 2020 e 2021, durante a pandemia do coronavírus, e em quatro anos "virou multimilionário".
Alfredo Gaspar apresentou um gráfico com as entidades associativas e suas ligações a empresas que, em tese, seriam contratadas para prestar serviço. Ele disse que o conjunto das associações ligadas a Monte Júnior pode ter recebido mais de R$ 700 milhões com as fraudes. Para o relator, a Amar Brasil e outras empresas e entidades a ela relacionadas são apenas de fachada.