Por: CORREIO ECONÔMICO

CORREIO ECONÔMICO | Brasil cria 85 mil empregos com carteira assinada

Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Brasil fechou o mês de outubro com saldo positivo de 85.147 empregos com carteira assinada. O balanço é do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado de outubro decorreu de 2.271.460 admissões e de 2.186.313 desligamentos no período. Com o resultado, o estoque de empregos, no país chega a 48.995.950 vínculos celetistas.

O saldo de empregos formais no mês passado foi menor que o registrado em setembro, que ficou em 213.002. Em outubro de 2024, o saldo de empregos formais foi de 131.603, segundo o Caged.

No acumulado dos últimos 12 meses (11/2024 a 10/2025) o saldo chega a 1.351.832

 

Juros

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, creditou a queda no número de vagas à política de juros do Banco Central, que manteve a taxa de juros básica da economia, a Selic. A taxa, que estava em 10,5% ao ano até setembro do ano passado, foi elevada para 15% ao ano.

Alerta ao BC

"Venho chamando atenção desde maio ou junho da necessidade de o Banco Central, que tem a necessidade de monitoramento e as decisões de aumento, manutenção ou decréscimo da Selic, olhar com atenção, pois a economia entraria num processo de desaceleração".

Setores

Dois de cinco grupos apresentaram resultado positivo, os demais ficaram em estabilidade. O setor de serviços fechou com 82.436 e o comércio com 25.592. A indústria ficou com decréscimo de 10.092 (-0,1%); construção civil com 2.875 (-0,1%) e agropecuária 9.917 vagas (-0,5%).

67,7% dos postos foram considerados típicos

Mais mulheres e jovens foram contratados no mês | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do total de postos gerados no mês, 67,7% foram considerados típicos e 32,3% não típicos, com destaque para trabalhadores com jornada de trabalho intermitente que somaram 15.056 e trabalhadores com jornada de 30 horas ou menos, que ficaram com 10.693 vagas. O salário médio real de admissão foi de R$ 2.304,31, alta de R$17,28 (0,8%) em comparação com o valor de setembro que foi de R$ 2.287,02.

"Para os trabalhadores considerados típicos o salário real de admissão foi de R$ 2.348,20 (1,9% mais elevado que o valor médio), enquanto para os trabalhadores não típicos foi de R$ 1.974,07 (14,3% menor que o valor médio)", informou.

Mulheres

As mulheres conquistaram a maioria das vagas, com 65.913. Já os homens somaram 19.234 novos empregos. Elas apresentaram maior número de contratos nos setores de serviços (52.003, ante 30.433 dos homens). Já os jovens de 18 a 24 anos representaram 80.365.

Adolescentes

O levantamento do Ministério do Trabalho aponta que 23.586 das contratações foram adolescentes até 17 anos. Esses dois grupos foram mais contratados no setor de Serviço, com 54.528 vagas; Comércio, com 32.203 e na Indústria de Transformação, com 10.051.

Estados

De acordo com os dados apresentados pelo Ministério do Trabalho, no mês passado foi registrado saldo positivo em 21 dos 27 estados da Federação. Em números absolutos, o destaque ficou com São Paulo, com 18.456; o Distrito Federal, com 15.467 e Pernambuco, com 10.596.