Quem não se lembra da música de Roberto Carlos e Erasmos Carlos, "Não se esqueça de mim"? Romântica, profunda mas, nos últimos tempos pode ter uma outra conotação: "Onde você estiver, não se esqueça de mim. Quando você se lembrar não se esqueça que eu. Que eu não consigo apagar você da minha vida. Onde você estiver não se esqueça de mim. Não se esqueça de mim não se esqueça de mim". Com prazo de 96 meses descontado direto no contacheque "esquecer a dívida" fica difícil!

Garoto-propaganada do Banco Mercantil, que herdou a folha de pagamentos do INSS com a suspensão da Crefisa, o banco tem inúmeras reclamações no Reclame Aqui e Procons sobre a oferta insistente de consignado e até descontos não autorizados.

Ou seja, a situação envolveu uma campanha publicitária de alto custo que gerou polêmica e críticas pontuais de sindicatos, mas não um escândalo financeiro ou judicial formal envolvendo o cantor e o banco.

Foram gastos entre R$ 8 e R$ 10 milhões.

Há dias os holofotes estão voltados para o cantor Roberto Carlos. O Rei está fazendo propaganda para o Banco Mercantil pela bagatela que varia de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões. Conforme a Coluna Magnavita noticiou, sua majestade acabou caindo na lábia do Mercantil.

A menção "negócio confuso" em redes sociais são críticas feitas por alguns sindicatos e fãs, que questionaram o alto valor do cachê pago ao cantor em contraste com supostos abusos contra funcionários e clientes em relação a empréstimos consignados (público INSS).

O banco "de quem sabe viver", promete uma atenção especial para o público mais velho, que são os grandes súditos do Rei. Só que o banco está de olho no confuso e contaminado empréstimo consignado, que é debitado pelo INSS direto na folha dos aposentados, e alvo da CPMI.

A campanha publicitária estrelada por Roberto Carlos, com o mote "O banco de quem sabe viver", foi lançada em 22 de setembro, mas a palavra consignado e o tema CPI do INSS não foram colocados em nenhum momento das negociações com o zeloso cantor.

O Mercantil herdou a folha de pagamentos do INSS por que a vendcedora do leilão, a Crefisa, é suspeita de oferta irregular de serviços, inclusive consignado, e falta de estrutura para atender os beneficiários do INSS. Nos órgãos de defesa do consumidor, clientes relatam a contratação de empréstimos ou cartões de crédito consignados sem sua autorização expressa, com descontos indevidos em seus benefícios do INSS. Os processos judiciais questionam a falta de transparência do banco ao oferecer cartões de crédito consignados como se fossem empréstimos comuns, o que pode levar a um endividamento maior do consumidor.

MERCANTIL

O Banco Mercantil informa que adota rigorosamente as normas e diretrizes estabelecidas pelo Banco Central e mantém conformidade com a lei vigente.

INSS

Como de praxe, o INSS não respondeu.