Por: Martha Imenes

CORREIO ECONÔMICO | Eletrobras vende participação na Eletronuclear para a Âmbar

Eletrobras e governo federal mantêm negociações | Foto:

A Eletrobras anunciou que vendeu toda a participação que tinha na Eletronuclear para a empresa Âmbar Energia, do Grupo J&F. De acordo com o fato relevante da Eletrobras, a Âmbar pagará R$ 535 milhões pela participação societária.

Além do valor, a empresa compradora se comprometeu a assumir as garantias prestadas pela Eletrobras em favor da Eletronuclear e a integralização das debêntures acordadas com a União, no valor de R$ 2,4 bilhões.

A Âmbar passará a deter 68% do capital (ações) total e de 35,3% do capital votante da Eletronuclear. O negócio está sujeito à aprovação dos órgãos reguladores.

 

3.400 MW

Somadas, as três unidades podem gerar até 3.400 MW, o suficiente para abastecer mais de 10 milhões de pessoas.

A construção de Angra 3 está parada há quatro décadas, e o governo discute se concluirá a construção e investe em conservação de equipamentos.

Participação

Desde 2023, a Eletrobras negociava a venda da participação na Eletronuclear, assessorada pelo banco BTG Pactual. A empresa informou que, de acordo com o balanço do segundo trimestre de 2025, o valor na operadora do complexo nuclear somou R$ 7,8 bilhões.

A maior

A Eletrobras é a maior companhia de geração de energia elétrica do Brasil, com capacidade geradora equivalente a 22% do total da capacidade instalada do país. A empresa foi privatizada em 2022, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).

ENBPar

Controlada pelo governo por meio da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), a Eletronuclear opera o Complexo Nuclear de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. O governo detém 64,7% do capital votante e 32% do capital total.

Vendas no comércio crescem 0,2%, após 4 meses de queda

As vendas no comércio cresceram 0,2% na passagem de julho para agosto, interrompendo quatro meses seguidos de queda. Já em relação a igual período do ano passado, houve alta de 0,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE).

Apesar de o desempenho do setor ter ficado no terreno positivo, o IBGE considera o movimento estável, por ser menor que 0,5%. De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, "a novidade é que parou de cair" e não representa uma "virada de chave" ante os quatro meses anteriores. Com o resultado, o setor fica 0,7% abaixo do ponto mais alto já registrado (março de 2025) e 9,4% acima da pré-covid-19 (fevereiro/20).

Desaceleração

Em 12 meses, o comércio varejista soma crescimento de 2,2%. Apesar de positivo, o dado acumulado mostra tendência de desaceleração desde dezembro de 2024, quando chegou a marcar 4,1%. No segmento de calçados, as vendas receberam efeitos positivos do Dia dos Pais.

Escritório

Cristiano Santos explica que o desempenho do setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação foi influenciado positivamente pela desvalorização do dólar ante o real, que deixa produtos com componentes importados mais baratos no Brasil.