Cerca de 3.971.267 declarações (8,7%) do Imposto de Renda ficaram retidas na malha fina entre 17 de março e 23 de setembro, segundo dados da Receita Federal. O problema ocorre quando o órgão encontra divergências ou inconsistências na declaração entregue pelo contribuinte.

De acordo com as informações, a Receita Federal recebeu 45.645.935 declarações do IRPF 2025, referente ao ano-base de 2024. Do total de declarações retidas, 66% já foram liberadas por terem sido regularizadas pelos contribuintes, sem a necessidade de fiscalização.

"Caso o contribuinte seja retido, é fundamental seguir os procedimentos corretos para regularizar a situação", afirma Charles Gularte, da Contabilizei.

Permanecem retidas por irregularidades, 1.292.357 declarações, ou cerca de 2,8% do total do recebido pelo Leão. Desse montante, 69,2% (894.580) são contribuintes com imposto a restituir, 27,9% (360.018), com imposto a pagar e 2,9% (37.759) com saldo zero.

Os principais motivos de retenção foram deduções com despesas médicas (32,6%) e omissões de rendimentos (30,8%), como rendimentos não declarados pelos titulares ou dependentes, demais deduções (16%) e a diferença entre o declarado e o informado pelo pagador (15,1%).

O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse em São Paulo que a nova política do governo federal - e que deverá ser anunciada nesta sexta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva - deverá fazer com que a Caixa Econômica Federal financie mais 80 mil novas moradias até 2026.

De acordo com o governo federal, a nova política prevê uma reforma estrutural no uso da poupança para alavancar o crédito habitacional, modernizando as regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com o objetivo de tornar o uso da poupança mais eficiente e ampliar a oferta de crédito imobiliário.

O ministro informou ainda que o governo está estudando ajustes nas três primeiras faixas do programa Minha Casa Minha Vida. "A questão do teto de imóveis, foi determinado que, em algumas faixas de renda, vamos fazer o ajuste do teto dos imóveis", disse.

De acordo com o ministro, "existe um processo de discussão, inclusive um pedido que foi feito por parte da Abrainc e de outros segmentos, de fazer também um ajuste no teto da renda. Isso é uma coisa que estamos estudando conjuntamente com a Abrainc".

O ministro afirmou que a medida foi trabalhada entre o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal, o Ministério da Fazenda e o Banco Central e que o governo está preocupado em oferecer uma alternativa de financiamento para a classe média.

Para o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, o novo modelo a ser apresentado pelo governo federal deverá impulsionar o setor, pois "é uma fórmula muito inteligente de poder trazer mais recursos para o mercado".