A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) avaliou como "avanço concreto" a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o estadunidense Donald Trump.

Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, o encontro reforça "o respeito mútuo e a relação entre os dois países".

"Para a indústria, é muito relevante esse avanço das tratativas. Desde o início, nós defendemos o diálogo, pautado pelo respeito e pela significância desta parceria bicentenária. Vamos acompanhar e contribuir com o que for possível".

De acordo com a CNI, Lula pediu a Trump a revogação da tarifa adicional sobre os produtos brasileiros. Caso a demanda seja aceita seria aberto espaço para isentar US$ 7,8 bi em exportações aos EUA.

O anexo Potential Tariff Adjustments for Aligned Partners (potencial ajuste tarifário para parceiros aliados) foi apresentado pela Ordem Executiva dos EUA nº 14.346 e prevê possíveis isenções tarifárias para 1.908 produtos, condicionadas a comércio e segurança.

"O que está em jogo não é um ganho extra para o Brasil, mas a recuperação de espaço comercial. A possibilidade de integrar o anexo significa devolver previsibilidade e competitividade às nossas exportações, corrigindo distorções", afirmou o presidente da CNI.

O governo de São Paulo levará uma comitiva com até dez empresas paulistas para fazerem negócios o Ventana Sur, em Buenos Aires, na Argentina, um dos maiores eventos do setor audiovisual da América Latina. A missão empresarial, que acontece entre 30 de novembro e 6 de dezembro, será realizada pelo CreativeSP, programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado e da InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

As empresas interessadas devem consultar o regulamento do programa e se inscrever pelo site da InvestSP até 15 de outubro.

O Ventana Sur é organizado pelo Marché du Film (Mercado do Filme, em português), o mesmo que é responsável pela área de negócios do tradicional Festival de Cinema de Cannes, na França, do qual o CreativeSP também participa, explicaram os organizadores.

"O CreativeSP tem se consolidado como um programa estratégico para abrir portas no cenário internacional e ampliar as oportunidades de negócios para empresas paulistas", afirma a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Marilia Marton.

O programa oferece um reembolso máximo de US$ 3 mil em despesas elegíveis para custear até 50% dos gastos. Ele ainda promove eventos de networking durante as missões e oferece ações de consultoria, monitoramento de resultados e acompanhamento.

No ano passado, nove missões levaram 103 empresas da indústria cultural para eventos sobre: inovação, tecnologia, entretenimento, audiovisual, cinema e literatura, por exemplo. A projeção de negócios gerados chegou a R$ 725 milhões, além de 6,4 mil empregos.