Por: Martha Imenes

CORREIO ECONÔMICO | Brasil e Panamá firmam memorando de cooperação em logística

Presidentes Lula e Mulino, e o ministro Silvio Costa | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participou da visita oficial do presidente da República do Panamá, José Raúl Mulino, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Na ocasião, foi assinado um Memorando de Entendimento entre o Ministério de Portos e Aeroportos e a Autoridade do Canal do Panamá, marco inicial de uma parceria voltada a fortalecer a cooperação internacional em infraestrutura logística, transporte marítimo e comércio exterior.

O Panamá é hoje o maior parceiro comercial do Brasil na América Central, com fluxo de US$ 934,1 milhões em 2024. "A aproximação deve gerar avanços no comércio, na ciência e na tecnologia", disse o presidente Lula.

 

Recomeço

Lula afirmou que a presença do presidente panamenho em Brasília marca "o recomeço de uma nova relação entre Brasil e Panamá, após 17 anos sem visita oficial de um chefe de Estado do país". O memorando terá duração de dois anos, podendo ser renovado.

Colaboração

O documento prevê iniciativas conjuntas, como o intercâmbio de informações sobre portos e transporte marítimo, o desenvolvimento de novas rotas para as exportações brasileiras via Canal do Panamá e estudos sobre descarbonização e seus impactos econômicos.

Conab anuncia R$ 300 milhões para produtores de arroz

Arroz comprado pela Conab vai para o estoque federal | Foto: Divulgação

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai destinar R$ 300 milhões para compra de arroz, com o objetivo de "sinalizar ao mercado preços mais justos ao produtor". Com os recursos, será possível garantir contratos para, aproximadamente, 200 mil toneladas do grão, da safra 2025/2026, segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Segundo ele, o mecanismo de Contratos de Opção de Venda (COV) funciona como um seguro de preços ao produtor. "É a mão amiga do governo federal sinalizando, antes mesmo da semeadura, a opção de venda por um preço que viabiliza economicamente o cultivo de arroz", afirmou Pretto.

 

Estoque

Caso o produtor opte por vender ao governo federal, o arroz será destinado aos estoques públicos, utilizados pela Conab para abastecer a população em situações de crise ou emergência, além de evitar oscilações bruscas de preço ao consumidor final.

Apoio

Esta é a terceira rodada lançada pela Conab em apoio aos produtores de arroz em menos de um ano, com a mobilização de recursos na ordem de R$ 1,5 bilhão. No final de 2024, a estatal já havia anunciado quase R$ 1 bi em contratos de opção, somando até 500 mil toneladas.

Garantia

A companhia explica que, na prática, quem aderir ao COV garante o direito, e não a obrigação, de vender arroz ao governo federal por um valor previamente fixado, o que visa estimular a produção. Caso o mercado ofereça um preço mais vantajoso no momento da venda.

Adesão

Entre outubro de 2024 e junho de 2025, a média de mercado caiu mais de 42% e chegou a R$ 65,46 para a saca de 50 quilos. Nesta rodada, os preços do governo foram de cerca de R$ 74. Houve grande adesão e quase 100% dos contratos foram vendidos (109,2 mil toneladas).