A inflação do aluguel fechou o mês de agosto com leve alta. Depois de três meses de queda, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) voltou a ficar positivo e fecha o mês em 0,36%. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em julho, o IGP-M tinha marcado -0,77%, seguindo dois meses de queda, maio (-0,49%) e junho (-1,67%).

Com o resultado de agosto, o índice acumula 3,03% nos últimos 12 meses. Nesta mesma época de 2024, o IGP-M mensal tinha sido de 0,29% e de 4,26% no acumulado de um ano. Em março de 2025, o indicador chegou a bater 8,58%.

O que representa um arrefecimento no índice, se comparado ano a ano.

A FGV leva em conta três componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a inflação sentida pelos produtores e responde por 60%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30%; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) com 10%.

O IPA subiu 0,43%. As influências de alta vieram do minério de ferro (6,76%), da soja em grão (3,73%) e da banana (15,03%). Já o IPC recuou 0,07% com a queda da passagem aérea (-8,56%), da tarifa de energia residencial (-1,97%) e a gasolina (-0,85%), e o INCC subiu 0,70%.

O Brasil decidiu aplicar uma cobrança provisória por seis meses sobre a importação de resinas de polietileno (tipo de plástico) dos Estados Unidos e do Canadá. A decisão foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex). O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços informou que a medida não tem relação com a guerra comercial. Também foi definida a aplicação de tarifas antidumping - sobretaxas usadas para evitar concorrência desleal — sobre folhas metálicas de aço carbono da China e sobre fibras de poliéster de China, Índia, Tailândia e Vietnã.

Segundo o ministério, as ações foram definidas após investigações amparadas pelas regras de comércio internacional, com o objetivo de proteger a indústria nacional de preços muito baixos praticados por empresas estrangeiras que podem prejudicar a produção brasileira.

O Gecex/Camex aprovou mudanças na Resolução nº 633/2024. Com a alteração, os financiamentos às exportações deverão seguir as novas regras do Fundo Garantidor de Exportações (FGCE), que oferece garantias em operações de operações de crédito internacional.

Por outro lado, o Gecex/Camex reduziu a zero o imposto de importação de sete produtos, incluindo itens para a indústria da saúde. A ideia é facilitar o acesso a insumos importantes e diminuir custos para os consumidores. O ministério não divulgou a lista desses bens.

Equipamentos classificados como bens de capital e de tecnologia da informação e comunicação também tiveram a tarifa zerada. Por meio do mecanismo conhecido como ex-tarifário, essas isenções permitem atrair mais investimentos e ajudam a modernizar fábricas.