Por: CORREIO ECONÔMICO

CORREIO ECONÔMICO | Haddad: 20 milhões não deveriam estar pagando IR

Fernando Haddad participou de debate em Brasília | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou os governos anteriores por não corrigirem a tabela do Imposto de Renda, fazendo com que mais de 20 milhões de brasileiros de menor renda passassem a pagar o tributo sobre os salários.

"A não correção do Imposto de Renda promoveu um enorme aumento de impostos das camadas economicamente mais frágeis. Ou seja, os sete anos de não correção da tabela do Imposto de Renda incluiu, no pagamento deste tributo, alguma coisa em torno de 20 milhões de brasileiros que não deveriam estar pagando Imposto de Renda e passaram a pagar nos governos Temer e Bolsonaro", afirmou Haddad, que participou de debate sobre conjuntura política, em Brasília.

 

Tabela

A tabela ficou congelada de 2015 a 2022, desde o fim do governo de Dilma Rousseff, passando pelas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, acumulando defasagem de mais de 36% no período, segundo cálculos do Sindifisco Nacional. Faixa de isenção era até R$ 1.903.

 

Faixa

Em 2024, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou a faixa de isenção para R$ 2.824 e, em maio deste ano, essa faixa de isenção passou a beneficiar quem ganha até R$ 3.036. Agora, a expectativa é pela aprovação da isenção para quem ganha até R$ 5 mil.

Mercado reduz previsão da inflação para 4,86%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país - passou de 4,95% para 4,86% este ano. É a décima terceira redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus.

A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,4% para 4,33%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,97% e 3,8%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como a taxa básica de juros (Selic) definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O recuo da inflação e o início da desaceleração da economia fizeram o colegiado interromper o ciclo de aumento.

Meta

A meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Em julho, pressionada pela conta de energia mais cara, a inflação oficial divulgada pelo IBGE fechou em 0,26%.

ProUni

Os candidatos que não foram pré-selecionados nas duas primeiras chamadas do Programa Universidade para Todos (ProUni), edição 2/2025, podem se inscrever para participar da lista de espera. O prazo termina nesta terça-feira, às 23h59, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Saneamento

O número de municípios atendidos por empresas privadas de saneamento cresceu 525% nos últimos cinco anos. Em 1.820 municípios, cerca de 1/3 dos que existem no Brasil, esses serviços são prestados em regime de concessão plena ou parcial ou com parceria público-privada.