A Petrobras pagou R$ 131,7 bilhões em tributos no primeiro semestre de 2025 e representa recuo de 4,5% em relação aos R$ 137,9 bilhões em igual período do ano passado.

Os números não levam em conta a inflação do período. Considerada a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), marcou 5,35% no acumulado de 12 meses anteriores a junho de 2025.

O valor total inclui impostos e contribuições para a União, estados e municípios, e as chamadas participações governamentais. Essas participações são basicamente royalties pela exploração de petróleo e participação especial, que é uma compensação financeira.

A Petrobras detalha que a União recebeu diretamente R$ 77,1 bilhões, sendo R$ 45,3 bilhões em tributos federais e outros R$ 31,8 bilhões em participações governamentais. Parte do valor total desembolsado é redistribuído pelo governo para estados e municípios.

De acordo com no relatório fiscal da Petrobras, divulgado na semana passada pela companhia, o montante do primeiro semestre corresponde a 5,4% de toda arrecadação federal e representa redução de 11,9% em relação ao pago no mesmo período de 2024.

O setor de serviços, o que mais emprega na economia e concentra atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação, cresceu 0,3% na passagem de maio para junho. Esse desempenho é o quinto mês seguido de expansão e faz o setor atingir o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recorde anterior no setor de serviços era de outubro de 2024 e maio deste ano. Os cinco meses consecutivos de alta deram ao setor um salto de 2% no desempenho.

O analista do IBGE, Rodrigo Lobo, detalha que das cinco atividades, a de transportes é a que tem maior peso (36,4%) na pesquisa, o que explica o fato de apenas um grande setor positivo conseguir fazer com que todo o setor de serviços tenha tido crescimento em junho.

Dentro dos transportes, os destaques foram o aéreo de passageiros e o rodoviário. "É o principal modal pelo qual se deslocam as mercadorias, como a safra, mas também bens industriais. É uma atividade intimamente correlacionada com maior dinamismo da economia", analisa.

Com o resultado de junho, o setor fecha o primeiro semestre com alta de 2,5%. No acumulado de 12 meses, a expansão chega a 3%. Na comparação com junho de 2024, o mês de 2025 subiu 2,8%. Apesar do número recorde, apenas serviços de transportes teve número positivo.

A Pesquisa Mensal de Serviços é a terceira de três levantamentos conjunturais divulgados mês a mês. Nos últimos dias, o instituto revelou que a produção da indústria brasileira cresceu 0,1% em junho ante maio; e o comércio recuou 0,1% no mesmo intervalo de comparação.