Por: CORREIO ECONÔMICO

Brasil tem 1,7 milhão de informais no transporte

Ministro do STF diz que apenas a União pode legislar sobre trânsito e transportes. | Foto: Arquivo/Bruno Santos/Folhapress

A informalidade atinge 1,7 milhão de motoristas que trabalham com transporte de passageiros, entrega de mercadorias, e mototaxi no Brasil. Desse total apenas 23% contribuem para a Previdência Social.

A falta de contribuição deixa esses trabalhadores sem cobertura previdenciária em caso de acidente, doença ou salário-maternidade. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Esse número dobrou em relação a seis anos atrás, refletindo o crescimento da chamada gig economy (trabalhadores sem vínculo empregatício) no país.

Esse cenário tem impulsionado debates sobre regulamentação e proteção social para esses profissionais, que podem contribuir com a Previdência como autônomo ou MEI.

 

Menos garantias

A maioria dos trabalhadores são homens jovens e negros, com menos de 50 anos, e trabalham sem vínculo empregatício, o que significa menos garantias trabalhistas e previdenciárias. A jornada semanal média é mais longa que a dos demais trabalhadores formais.

Rendimento

O rendimento médio caiu nos últimos anos: motoristas de aplicativo e taxistas passaram de R$ 2.700 em 2016 para cerca de R$ 1.900 em 2022, conforme a pesquisa do Ipea. Apenas 23% contribuem para a Previdência Social, o que representa uma vulnerabilidade significativa.