OPERAÇÃO 'ESPANTA TURISTA' QUEIMA A BOA IMAGEM DA LEI SECA NO RIO - Imaginem chegar em sua cidade turística, ávido para curtir a sua vida noturna ou passear em cartões postais como Copacabana, Ipanema e Leblon, aproveitando estas zonas turísticas que são oásis de segurança pública e simplesmente não conseguir sair do seu aeroporto principal e ficar literalmente, sem trocadilhos, ilhado na Ilha do Governador, em pleno feriado do dia 20 de novembro, porque um gênio na coordenação da operação Lei Seca resolveu parar o trânsito na única saída viária do Aeroporto do Galeão?
Foi exatamente o que ocorreu na última quinta-feira, quando foi instalada a Operação Lei Seca em frente à base aérea do Galeão, paralisando o trânsito de forma inexplicável. Foi um caos. A fila chegou até o posto BR do aeroporto. Muitos passageiros ficaram mais de 40 minutos no trajeto aeroporto/base aérea.
Milhares de turistas chegavam para o show da Dua Lipa e os voos que desembarcavam estavam completamente lotados. Os turistas que resolveram vir ao Rio, depois do intenso noticiário sobre segurança pública, deveriam ser recebidos com tapete vermelho. O que ocorreu foi uma verdadeira operação "Espanta Turísta". Com o trânsito parado, a sensação era de medo: será que está ocorrendo algo? Algum tiroteio? Os táxis e carros de aplicativos começaram a buzinar. O protesto foi enorme. Eles sabiam que o que estava ocorrendo tinha a imbecilidade estampada na decisão de obstruir, em um horário de grande movimento de desembarque, o maior aeroporto da cidade.
O buzinaço chegou até os alto escalões e a ordem de suspender a "Operação Espanta Turista" foi dada.
O Governo do Estado tem feito um grande esforço para a promoção do turismo do Rio no exterior e no país. A coluna registra hoje uma ação de promoção na Itália, por exemplo. Um trabalho que tem trazido excelentes resultados. As forças de segurança e as especializadas em proteção aos visitantes transformam as zonas turísticas nas áreas mais seguras da cidade, porém a operação Lei Seca faz parte da estrutura do Estado, lotada na Secretaria de Governo e não subordinada à pasta da Segurança.
O sucesso da Operação Lei Seca nos seus 17 anos é inquestionável. Os seus coordenadores devem saber que qualquer resultado negativo será maior que os vários resultados positivos. O impacto no trânsito é um dos piores resultados que pode causar.
O "gênio" que determinou o bloqueio do maior equipamento de turismo da cidade merece medalha como a melhor "Ideia de Jerico do Ano".
Merece aplauso à reação do primeiro escalão do Governo do Estado que ordenou desobstruir o trânsito ao ouvirem os ecos dos protestos indignados.
MUITA COISA PARA O BANCO CENTRAL EXPLICAR! POR QUE PROTEGER OS INTERESSES DE UM FUNDO ÁRABE? - A decisão do Banco Central de proteger os interesses do apresentador / empresário Luciano Huck e do confuso fundo Mubadala pôde ser vista no horário nobre da Globo em pleno domingo: comercial do banco digital Will Bank, que pertence ao Master, no break comercial do Fantástico.
A negociação da aquisição do banco digital por Huck e o Fundo Árabe, preservado da liquidação judicial do grupo Master, traz uma nuvem de suspeição à forma que o Banco Central agiu.
Aliás, a liquidação foi entregue em ato assinado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, a empresa EFB REGIMES ESPECIAIS DE EMPRESAS LTDA - ME, CNPJ 43.336.034/0001-64. Sabem qual é o capital social da companhia que cuidará de uma liquidação de R$ 70 bilhões? Apenas R$ 1.000,00 (um mil reais). O seu dono é um ex-funcionário aposentado do Banco Central e amigo dos dois diretores que deixarão a instituição agora em dezembro.
Questionado oficialmente pela coluna, o Banco Central adotou um curioso silêncio.