Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita| Atuação de Caetano na Firjan chama atenção para o efeito nefasto na produção de sal no estado

Fábrica da Sal Cisne, em Cabo Frio | Foto: Vinícius Magalhães

Todo mundo sabe o que significa a expressão "Sal Assassino" sobre o consumo de sal na saúde do ser humano. Poucos sabem do efeito nefasto da sua produção ao meio ambiente e sobre os seus trabalhadores.

Estudos científicos demonstram que a atividade de empresas com a Refinaria Nacional de Sal S/A, a Sal Cisne, causam severos impactos ambientais típicos da indústria salineira, embora pouco citados até agora, provocam danos ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores/moradores. Estudos revelam que doenças ocupacionais decorrentes da colheita e industrialização do sal marinho são graves, por exemplo, as lesões da pele e as enfermidades dos olhos e respiratórias.

Os mesmos estudos publicados na Revista Científica da ANP, apontam em relação ao meio ambiente, a interrupção de cursos d'água, devastação de manguezais, salinização de áreas produtivas e férteis, alteração da umidade da região pelo incremento da evaporação das salinas. Uma investigação promoveu o resgate histórico de uma comunidade remanescente de salineiros, no Município de Araruama, RJ.

Este polêmico setor agora abduziu o comando de uma entidade empresarial séria, com o objetivo de minimizar a sua agressividade. A aproximação de Luiz Césio Caetano na vida associativa teve o objetivo de defender o indefensável. Ele chegou na Firjan, que hoje preside em primeiro e provavelmente único mandato, para tentar amenizar os problemas ambientais da Refinaria Nacional de Sal S/A, a Sal Cisne, empresa para a qual trabalha até hoje como funcionário.

Se a chegada de Luiz Césio à Firjan foi para amenizar a imagem dos problemas ambientais de um setor tão agressivo, a sua postura desastrada à frente da Federação tem tido o efeito contrário. Está chamando atenção para um setor polêmico e que merece uma atenção especial dos órgãos ambientais. O INEA e o Ministério Público do Trabalho devem colocar a lupa para o que ocorre no Estado do Rio. Sob pressão, Luiz Césio tem adotado uma postura hostil ao Estado do Rio de Janeiro, à imprensa e à classe política.